Uma breve enrolação, pra variar
RPG não tem sido o único passatempo de meus últimos tempos, mas com certeza continua sendo o prevalente. Por isso, mais uma vez me apresento aqui no Blog para escrever sobre o jogo.
Nesta postagem, vou apresentar a vocês minha não tão nova ideia. De fato, comecei esse trabalho caseiro há alguns anos, quando ainda estava tomando conhecimento da 4ª edição de D&D e, veja só, a 5ª edição recém lançada, mesmo com a controversa primeira impressão que me causou, torna-se exatamente a chama que faltava acender para dinamitar o projeto!
O que trago aqui, então, é uma adaptação de um cenário maravilhoso de fantasia medieval - MYSTARA. Embora eu deva admitir que conheço poucos cenários do estilo (Forgotten Realms e a primeira versão de Tormenta mais detalhadamente, com algumas pitadas de Dark Sun e Greyhawk), Mystara exerce fascínio sobre meu lobo cerebral rpgístico maior do que qualquer outro poderia. Está entre meus grandes sonhos rpgistas jogar uma campanha completa no cenário, desde o primeiro nível até o final do épico, quando então os personagens-jogadores podem se consagrar Imortais, usando como base as aventuras-prontas dos tempos antigos da TSR.
Na postagem de hoje, exponho meus pensamentos essenciais sobre como direciono essa adaptação.
Um velho novo mundo de aventuras!
Adaptar um cenário a um conjunto de regras pode ser difícil, às vezes. Mas não é exatamente o caso de Mystara, mesmo quando se considera que a 4ª edição de D&D foi chamada de "um D&D que não é D&D" por muitos, internet afora, e que suas regras e conceitos diferem bastante do que os jogadores "fundamentalistas" tendem a chamar de "cânones" em D&D. Já no que diz respeito à 5ª edição, só posso comentar "Uôu!!". Aí é mel na chupeta. A 5ª edição é definitivamente uma melhoria bem vinda ao antigo D&D e, ainda assim, guarda semelhanças o bastante para tornar a adaptação fluida e fácil.
Mas para que se possa utilizar Mystara como um
cenário de campanha adequado às mais recentes edições de D&D (vou utilizar
apenas 4ª e 5ª, pois a 3.x nunca foi meu forte), algumas considerações a
respeito da interação entre cenário e regras precisam ser feitas.
A base principal de minha adaptação foi o respeito ao velho cenário, que foi moldado a partir do lançamento da caixa básica "Expert", voltada ao D&D Clássico (também chamado Basic D&D ou Old D&D), e que ficou consagrado na série "Gazetteer" do final dos anos 80 e em tantas aventuras prontas e caixas-suplementos associadas. Todavia, foram feitas algumas concessões e exceções, abrindo novas possibilidades, já que desde aquela época, o cenário RPGista passou por mudanças de "filosofia" e o próprio jogo Dungeons & Dragons também foi modificado.
Algumas dessas mudanças servem para acrescentar maior liberdade à criação de personagens-jogadores, principalmente os não-humanos, e simplificar as regras. De fato, o jogo pode se tornar mais agradável se você considerar que “as coisas sempre foram assim”, em vez de aplicar a grande quantidade de restrições e regras adicionais que os módulos básicos do D&D Clássico e suplementos “Gazetteer” traziam para os “semi-humanos”, uma vez que as regras das edições 4ª e 5ª são mais objetivas, elegantes e equilibradas. Contudo, eu me mantive um pouco canônico/fundamentalista no que diz respeito classes acessíveis para certas raças, como você verá.
Para o propósito de tornar essa adaptação mais simples e clara, já que estamos abrangendo duas diferentes edições de D&D, cabe aqui explicitar quais são as classes enquadradas em cada categoria, conforme a origem de seus poderes e capacidades (Fontes*: Livro do Jogador 1, 2 e 3, e Guia do Jogador de Forgotten Realms, 4ª edição):
Arcanas: Bardos, Bruxos, Feiticeiros, Lâminas Arcanas / Swordmages e Magos;
Divinas: Clérigo, Invocador, Paladino e Vingador;
Marciais: Guerreiro, Ladino, Patrulheiro/Ranger e Senhor da Guerra;
Primitivas: Bárbaro, Druida, Guardião e Xamã, Perseguidor (Seeker)
* Estou ignorando, propositalmente, as classes psíquicas, porque nunca as usei em jogo.
Na 5ª edição, os Patrulheiros/Rangers dominam poderes especiais, que poderiam ser tratados aqui como Primitivos. Ainda assim, vamos considerá-los Marciais para facilitar a abrangência simultânea de dois sistemas. Ou você pode considerar Perseguidor e Patrulheiro variações de uma mesma classe (eu considero o Perseguidor uma espécie de “Patrulheiro mágico”)
A base principal de minha adaptação foi o respeito ao velho cenário, que foi moldado a partir do lançamento da caixa básica "Expert", voltada ao D&D Clássico (também chamado Basic D&D ou Old D&D), e que ficou consagrado na série "Gazetteer" do final dos anos 80 e em tantas aventuras prontas e caixas-suplementos associadas. Todavia, foram feitas algumas concessões e exceções, abrindo novas possibilidades, já que desde aquela época, o cenário RPGista passou por mudanças de "filosofia" e o próprio jogo Dungeons & Dragons também foi modificado.
Algumas dessas mudanças servem para acrescentar maior liberdade à criação de personagens-jogadores, principalmente os não-humanos, e simplificar as regras. De fato, o jogo pode se tornar mais agradável se você considerar que “as coisas sempre foram assim”, em vez de aplicar a grande quantidade de restrições e regras adicionais que os módulos básicos do D&D Clássico e suplementos “Gazetteer” traziam para os “semi-humanos”, uma vez que as regras das edições 4ª e 5ª são mais objetivas, elegantes e equilibradas. Contudo, eu me mantive um pouco canônico/fundamentalista no que diz respeito classes acessíveis para certas raças, como você verá.
Para o propósito de tornar essa adaptação mais simples e clara, já que estamos abrangendo duas diferentes edições de D&D, cabe aqui explicitar quais são as classes enquadradas em cada categoria, conforme a origem de seus poderes e capacidades (Fontes*: Livro do Jogador 1, 2 e 3, e Guia do Jogador de Forgotten Realms, 4ª edição):
Arcanas: Bardos, Bruxos, Feiticeiros, Lâminas Arcanas / Swordmages e Magos;
Divinas: Clérigo, Invocador, Paladino e Vingador;
Marciais: Guerreiro, Ladino, Patrulheiro/Ranger e Senhor da Guerra;
Primitivas: Bárbaro, Druida, Guardião e Xamã, Perseguidor (Seeker)
* Estou ignorando, propositalmente, as classes psíquicas, porque nunca as usei em jogo.
Na 5ª edição, os Patrulheiros/Rangers dominam poderes especiais, que poderiam ser tratados aqui como Primitivos. Ainda assim, vamos considerá-los Marciais para facilitar a abrangência simultânea de dois sistemas. Ou você pode considerar Perseguidor e Patrulheiro variações de uma mesma classe (eu considero o Perseguidor uma espécie de “Patrulheiro mágico”)
E que mundo é esse, afinal?
Imagine-se em outro lugar,
um outro planeta, no meio da infinidade do Universo. Imagine que, em uma
primeira observação, este lugar poderia ser considerado, por qualquer leigo,
apenas um mundo habitável bastante comum. O ar que se respira ali é o mesmo que
nós, na Terra, respiramos (com uma ínfima quantidade de poluentes em sua
composição, para ser mais preciso) e as leis da física essenciais funcionam
exatamente da mesma forma, ao menos na maior parte do tempo.
Mas Mystara, como esse mundo é chamado, não é um mundo comum. É um lugar repleto de magia, uma força poderosa e cheia de mistérios, que permeia a tudo e a todos, e que, embora possa ser estudada e manipulada pelos mortais, jamais pode ser totalmente compreendida, tampouco inteiramente dominada. É um mundo habitado pelas mais fantásticas e diversificadas formas de vida, muitas das quais racionais como os seres humanos, com suas próprias culturas e sociedades, convivendo num misto de harmonia e conflitos eternos. Um mundo abundante em tremendos perigos, os quais tornam necessários bravos heróis, que por sua vez dão origem a lendas que se repetem por dezenas de gerações.
Mas Mystara, como esse mundo é chamado, não é um mundo comum. É um lugar repleto de magia, uma força poderosa e cheia de mistérios, que permeia a tudo e a todos, e que, embora possa ser estudada e manipulada pelos mortais, jamais pode ser totalmente compreendida, tampouco inteiramente dominada. É um mundo habitado pelas mais fantásticas e diversificadas formas de vida, muitas das quais racionais como os seres humanos, com suas próprias culturas e sociedades, convivendo num misto de harmonia e conflitos eternos. Um mundo abundante em tremendos perigos, os quais tornam necessários bravos heróis, que por sua vez dão origem a lendas que se repetem por dezenas de gerações.
Parecendo ser o próprio
centro do Plano Primário (algumas vezes chamado de Plano Natural ou Plano
Material), onde todos os elementos essenciais que compõem o universo se
encontram em quantidades equilibradas, Mystara é o foco de atenção das mais
poderosas criaturas a vagarem pelo infinito: os Imortais. Essas criaturas,
capazes de sobreviver à passagem do tempo sem envelhecer, sem jamais adoecer,
nem mesmo sentir fome, sede ou sono, disputam eternos jogos de intriga e poder,
e encontram em Mystara o lugar perfeito para seus complôs. De igual forma,
fazem de Mystara o cerne de sua paixão eterna ou objeto de sua fúria
infindável, observando com atenção as raças que ali vivem, muitas vezes
protegendo e abençoando suas criaturas favoritas com seus poderes exuberantes,
ou usando de todas as formas de pragas e maldições para prejudicar aqueles a
quem desprezam.
E há uma razão bastante
especial para que Mystara seja tão observada pelos Imortais. Se os rumores
forem verdadeiros, eles mesmos tiveram vidas mortais ali, onde aprenderam sobre
as Esferas do Poder, onde trilharam com bravura os Caminhos para a
Imortalidade, onde se fizeram lendas. Para os Imortais, Mystara é, portanto, a
principal fonte de poder da eterna luta entre as forças primordiais que compõem
a realidade.
Nas florestas mais densas, nos pântanos mais sombrios, nas catacumbas mais misteriosas, centenas de aventureiros estão destinados a encontrarem tesouros incalculáveis de civilizações perdidas e a glória da vitória sobre o perigo. Apenas alguns raros exemplares desses heróis são capazes de seguir além, em direção à glória máxima, e ao poder cósmico da Imortalidade.
Será você a próxima lenda de Mystara?
Nas florestas mais densas, nos pântanos mais sombrios, nas catacumbas mais misteriosas, centenas de aventureiros estão destinados a encontrarem tesouros incalculáveis de civilizações perdidas e a glória da vitória sobre o perigo. Apenas alguns raros exemplares desses heróis são capazes de seguir além, em direção à glória máxima, e ao poder cósmico da Imortalidade.
Será você a próxima lenda de Mystara?
Segue um link muito útil pra você que quer conhecer rapidamente este universo fantástico e manja do idioma da Rainha Elisabeth:
De fato, eu poderia simplesmente utilizar tudo o que esse site contém, tal e qual, mas aí a minha vida rpgista perderia um pouco de sentido.... Por que apenas copiar se eu posso criar??!!
COMENTEM. VOTEM NAS REAÇÕES. DÊEM SUGESTÕES. FAÇAM ESSE BLOG MAIS INTERATIVO!!
3 comentários:
Vou ser bem honesto. Tenho karameikos e conheço um pouco de Mystara, mas sempre foi um cenário meia boca na minha opinião.
Mas fico feliz em saber que tem gente que está dando um raise dead nele.
Valberto, estou surpreso com o que você admitiu. Tá certo que outros cenários - como Forgotten Realms - tiveram muito mais expansões e até romances exclusivos, mas dizer que Mystara é "meia boca"...
Enfim, é a sua opinião. Ainda assim, espero que perceba algum detalhe ou dois aqui no Blog que possam fazer você ver uma chama de aventura nesse cenário para, talvez, dedicar a ele um novo olhar.
Obrigado por comparecer!
Foi como eu falei. Honestidade ou como diz a minha esposa, "sincericídio".
Estou torcendo para vc trazer muito material bom sobre Mystara para que me atualize sobre ele.
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