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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Terra de Impérios Ancentrais - O retorno do Boitatá!!

Na última publicação desta sessão, eu trouxe até vocês o primeiro exemplo de monstro inspirado na mitologia e folclore do Brasil, o Boitatá. Acontece que o próprio Boitatá pode ser descrito de várias maneiras, dependendo de para quem você pergunte ou da fonte consultada. Desse modo, nos mundos de Dungeons & Dragons, é bastante coerente que existam variações de Boitatá, principalmente quando levamos em conta que a 4ª edição incentiva esse tipo de abordagem, onde várias formas de um mesmo monstro são possíveis.

Portanto, o que trago para vocês hoje é apenas uma variação de Boitatá. Em vez de ter o poder de enlouquecer, esta variante é apenas uma assassina brutal, que usa sua afinidade com o fogo para destruir.



Boitatá Fúrias das Chamas

O Boitatá Fúria das Chamas é pouco maior que a variação Chamas-Azuladas, tendo chamas vermelhas e amarelas emergindo de suas escamas, que exibem, por transparências, vários grandes olhos luminosos, espalhados por todo seu corpo.



Táticas do Boitatá Fúria das Chamas

O Boitatá Fúria das Chamas usará seu Sopro de Chamas sempre que possível, optando por usar Fúria da Natureza apenas se seu sopro não estiver recarregado.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Terra de Impérios Ancestrais - Um novo monstro para suas aventuras!

Ouso dizer que 9 entre 10 Mestres de D&D4e apreciam colecionar opções de desafios para surpreender seus jogadores. E pelo menos 7 entre cada 10 jogadores tem algo de "Matadores" no seu estilo de jogar, chegando, por vezes, a acrescentar nos seus personagens peculiaridades como o hábito de colecionar pedaços de monstros, como souvenires de combates memoráveis.

Sendo assim, para abrilhantar a Terra de Impérios Ancestrais e manter viva a 4E, não há chances de errar quando se acrescenta novos monstros à sempre crescente coleção de criaturas desse sistema.

Para buscar inspiração na construção de algumas novas monstruosidades, eu li e reli meus RPGs do gênero "Fantasia Colonial" - A Bandeira do Elefante e da Arara e O Desafio dos Bandeirantes. E, logicamente, também fui atrás de fontes variadas sobre os mesmos mitos que esses dois jogos abordavam. E foi difícil escolher que criatura ficaria mais legal de criar para o sistema de D&D4e, mas logo que cheguei a uma decisão, tratei de caprichar.

Mas, afinal, por que escolhi abordar mitos do folclore nacional? Primeiramente, porque D&D teve muitos monstros, ao longo de sua história, criados a partir dos mitos de diversas culturas, não apenas da europeia ocidental. Sendo assim, beber da mitologia está dentro do ideal de D&D. Em segundo lugar, porque, ao que parece, ninguém havia pensado nisso, ou, se pensou, não publicou em um lugar fácil de achar na internet!

Assim sendo, sem mais delongas, com vocês, minha versão do Boitatá! (Nota: usei o formato dos Monstros do Monster Manual 3 desta vez, por achar que ficaria mais interessante)


Boitatá


Um Boitatá (ou uma Boitatá, dependendo da fonte consultada) é uma gigantesca serpente mágica, que mora em rios e lagos profundos, no fundo dos quais se mantém enterrada durante o dia, para sair à noite a caçar. É um monstro extremamente feroz, que dificilmente recua diante de um confronto.



Conhecimento sobre o Boitatá

Um personagem sabe as seguintes informações com um teste bem sucedido da Perícia apropriada.

Natureza CD 15: Os Boitatás, também chamados cobras-de-fogo, possuem escamas translúcidas, que deixam evidente sua carne recoberta de energia flamejante. Seu comprimento pode variar de 8 a 30 metros e a luminosidade que emitem oferece luz plena num raio de 60 metros (40 quadrados). Embora não possuam peçonha, são extremamente perigosos, capazes de capturar suas vítimas num abraço constritor, antes de tentar devorá-las. A variedade mais comum, o Boitatá Chamas-Azuladas, tem o poder de causar pânico e insanidade mental naqueles que ousam confrontá-los. Contudo, sabe-se que outras variedades existem, sendo algumas incapazes de enlouquecer suas vítimas, mas detentoras do poder de cuspir fogo, tal como os dragões.

Arcanismo CD 15: A energia mágica que rodeia a carne dos Boitatás e emite sua radiância através das escamas dessas feras não pode ser facilmente capturada, porque se esvai como vapor, assim que a criatura morre.

História CD 20: Muitas lendas são contadas a respeito dos Boitatás. Dizem algumas que essas serpentes são guiadas por alguma intuição sobrenatural a caçar indivíduos que promovem queimadas  ou desmatamentos desenfreados nas matas, ou fazem caça predatória de animais dos quais elas poderiam se alimentar. Essas mesmas lendas falam sobre o poder mágico dessas criaturas de enlouquecer suas vítimas, o que pode ser evitado mantendo os olhos fechados.

História CD 25: Uma lenda muito antiga conta que, numa época ancestral, houve um longo período de escuridão. Os dias eram como noites e as noites não tinham lua nem estrelas. Para piorar as coisas, uma chuva de proporções calamitosas se abateu sobre o mundo, alagando cidades e florestas igualmente. Nessa época, Boiguaçu, uma enorme serpente que vivia em uma cova, no fundo do rio, resolveu sair para procurar alimento e encontrou uma grande quantidade de animais buscando refúgio num terreno elevado. Decidiu comer deles a parte que mais lhe agradava: os olhos. E de tanto comer olhos, inchou e cresceu, e seu corpo se modificou, exibindo um brilho de fogo dos olhos que ela devorara. Assim, Boiguaçu tornou-se a primeira Boitatá. E, dizem, ela mora em algum lugar do mundo, quase sempre num estado de hibernação, mas apta a despertar de tempos em tempos, para destruir, causar pânico...  e matar.



Táticas do Boitatá Chamas-Azuladas

Esta variedade de Boitatá é a mais fraca existente, em termos de poder bruto, mas graças à aura de Calor Sobrenatural, pode ser muito perigosa. Quando descobre seus alvos, aproxima-se para usar Olhar Enlouquecedor, depois do que agarra um inimigo com Constrição, para só então começar a distribuir Mordidas contra quem estiver na volta, usando Fúria da Natureza e, quase certamente, gastando Pontos de Ação, para mais ataques. O Chamas-Azuladas usa Esbofetear com a cauda, se algum inimigo tentar flanquear.


Insanidade Lendária - Doença de Nível 12