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sábado, 14 de janeiro de 2023

One-shot Solo - Oráculo de Sim/Não - Dungeon Crawling

Esta aventura servirá como exemplo de como é possível jogar Rpg mesmo sem um sistema, apenas usando a aleatoriedade de um ou dois dados comuns, na forma do Oráculo de Sim e Não. Além disso, a aventura atende ao Desafio de One-shots Solo para o ano de 2023, proposto por Felipe Cortes e Titi Diéfersom na comunidade Solo RPG.

Ao jogar um só dado, números altos (4-6) significam SIM; baixos (1-3), NÃO. Pra ter um pouquinho de controle, é possível determinar que algo é provável ou improvável. No primeiro caso, joga-se então dois dados, para ficar com o MAIOR resultado como resposta. No outro caso, fica-se com o MENOR resultado.

Ao longo do texto, vou exibir apenas o resultado das rolagens. Bora começar!

Vejamos como será o personagem:
É um homem? Não
É uma mulher humana? Não
É uma criatura bissexuada e metamórfica, como um/uma dopleganger? Sim.
Luta bem? Sim
Usa armas? Não
Possui algum poder místico ou sobrenatural? Sim

Assumo que se trata de um(a) dopleganger Monge. 

A aventura começa já na dungeon? Sim
É um forte antigo, arruinado e abandonado? Sim
Está escuro? Sim
Minha personagem enxerga normalmente no escuro? Sim.

O lugar está coberto de sujeira, pedaços caídos do teto, teias de aranha e vegetação rasteira. A fraca luz da lua minguante não é capaz de fazer visíveis todas as cores do antigo forte, mas Shirie (a Personagem) enxerga as formas no escuro, mesmo assim.




Há uma escadaria no centro deste ambiente, levando para uma masmorra subterrânea? Sim.
Há alguma criatura ou ser invasor neste ambiente, que possa me oferecer perigo? Sim
É uma criatura viva? Sim
Humanoide? Não
Animal? Não
Criatura bizarra e amorfa? Sim.

Depois de perceber uma escadaria no centro do salão, que provavelmente leva ao subterrâneo, Shirie nota que algo se mexe no meio dos escombros: uma espécie de geleia viva. Ela se põe em posição, numa postura de luta defensiva, própria do estilo do rinoceronte trovejante.

A criatura é lenta? Sim
Jogando uma pedra contra a criatura, eu consigo feri-la? Sim
Ela revida imediatamente? Não. Assumo que usa todo sua "ação" para se posicionar perto de mim.

Usando movimentos ágeis, Shirie levanta uma pedra dos escombros, como se fosse uma bola, usando um dos pés, para então empurrar a pedra no ar, arremessando-a contra a geleia viva. A criatura perde um pedaço de seu corpo, mas segue se movendo, até estar tão perto quanto possível.

Uma sequência de socos e chutes contra a criatura é eficiente para feri-la? Não.
A criatura me ataca com um golpe de pseudópodes? Não.
Ela se joga contra mim? Não.
Ela tem algum poder psíquico? Sim.

Shirie golpeia o estranho inimigo várias vezes, praticamente sem notar nada como o ser sentindo dor. Então, a geleia vibra e um som esquisito parece soar dentro da mente da doppleganger.

O golpe psíquico da geleia me abala? Não.
Usarei um poder que me fortaleça e despejarei sobre a geleia uma chuva de golpes. Isso a fere? (Provável) Sim.
Está derrotada? Não

Shirie responde com uma evocação do poder de seu Chi: fortalece seus músculos e ossos e então despeja uma chuva de socos contra a criatura. Mas, por mais que perca pedaços, a geleia viva continua o embate.

A criatura me ataca com outro golpe psíquico? Sim.
Eu me sinto atordoado? Sim.
Serei derrubado? Não.

Um novo golpe psíquico deixa Shirie atordoada, mas a postura do rinoceronte trovejante foi eficaz em evitar que caísse, vítima desse estranho poder.

Tento um golpe giratório com a perna direita. Consigo ferir e arremessar a criatura para longe? Não.
Sou contra-golpeado? Sim.
Isso me deixa ferido? Sim.

Shirie está usando todos os seus melhores golpes, aprendidos com os grandes mestres do estilo. Mas a geleia viva não se abala e devolve um tapa com um pseudópode. Seu corpo está sendo torturado.

Mais um golpe de punho contra a criatura. Eu consigo feri-la? Sim.
O ferimento é suficiente agora, para dar cabo dela? Não.
Ela usa novamente o golpe psíquico? Sim.
Estou derrotado? (Improvável) SIM

Um golpe desesperado, outro ferimento na criatura, mas ela ainda resiste. Então, num momento derradeiro, vibra outra vez, transmitindo diretamente para o cérebro da doppleganger um som intenso e aterrorizante, que faz Shirie desmaiar

A criatura vai... me devorar? Não
Acordo, muito tempo mais tarde, por minha própria conta? Sim.

Já é dia, quando Shirie percebe o som de pássaros. A luz do sol alcança seu rosto, como uma chamada para a vida. Vida! Viva! Ela está viva! "Maldita vida", ela pensa. Dolorida, de orgulho ferido, ela muda sua forma. Ele, agora. Será seu pronome pelos próximos dias. Mas, mais que mudar um pronome, ele tenta apagar as escoriações, hematomas e manchas de sangue. Bom, da roupa será mais díficil - será preciso lavar.

A criatura geleia ainda está por perto? Não.

Shirie está em dúvida. Talvez a escadaria estando livre agora seja um sinal, uma oportunidade. 

Eu tenho uma moeda num bolso ou algibeira? Sim.

"Devo ir embora ou seguir meu caminho por essa aventura, que já se mostrou tão perigosa?" O doppleganger lança a moeda ao ar, cata com a mão esquerda e coloca sobre o dorso da direita, de modo a manter escondida, fazendo um suspense para si mesmo.

Qual foi a resposta? Ela vai embora? . . .