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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Campanha Solo - William Phantom e o Detetive Fantasma (Cena 6)

 A partir do limiar da mata, William Phantom tenta descobrir para onde a bruxa foi, ou talvez onde o garoto Richard Smithers possa estar sendo mantido em cativeiro.

[Dado de Karma inicial da Cena: 6. Complicação da Cena: Um NPC age de repente. É a bruxa? Sim. Ação: algo inesperado ou perspicaz]

Longe dali, a bruxa decide deixar o detetive fantasma, Joe, solitário em sua cela mágica e corre pela mata, com um livro de feitiços numa das mãos.

[Ela está indo em direção ao detetive William Phantom? Sim. ]



Logo, no meio de uma trilha, cercado por árvores sombrias, de aspecto macabro em seus galhos e copas, William dá de cara com a bruxa.

[A bruxa está agindo da seguinte forma: 5paus --> Mover físico]

A mulher caminha displicentemente em sua direção, ignorando o fato de que William está armado e abre o livro de feitiços, com um sorriso cínico no rosto. William aponta sua arma e ordena:

- Largue o livro no chão e se abaixe com as mãos na cabeça! A senhora está presa, em nome do Departamento de Polícia de Megalocity. Não me faça atirar, para deixar um jovem órfão, aqui e agora!

[Reação da bruxa: Busca Vantagem --> Oráculo de Descrição: Simples Aparência --> Movimento de Ritmo: Amostra de um problema que está por vir. Vou interpretar tudo isso como ela apontando para uma página de seu livro e proferindo uma ameaça para William]

- Eu só preciso tocar numa letra desta página - ela diz - e você, senhor William, estará condenado a me servir! O feitiço já está pronto! Agora, largue essa arma, ou eu executarei o movimento final! - ela gargalha, bem ao modo dos grandes vilões.

[Rolando 1d6 pra ver se alguma alteração de cena acontece: Não.]

William para e pensa. Sua única chance verdadeira é atirar. Se largar sua arma, pode estar se condenando. Mas matar essa mulher não parece uma solução bonita. Ele está agindo sob pressão, numa mira rápida para derrubar o livro das mãos da maligna Emma Baker.

Ele atira e BANG! [Total de 13], uma mão ferida e um livro voando para longe. Mas a bruxa não se intimida! Vira o rosto enrugado de raiva para William, com a boca espumando, e começa a proferir uma Maldição de Enfraquecimento. [O Movimento de Ameaça exige um novo rolamento de Agir sob Pressão: FALHA! ] William ouve o encanto e se sente mal, como que nauseado, cambaleante e inseguro. [Dado de Karma cai para 5. Movimento Menor: Amostra de um problema que está por vir]. Depois disso, a bruxa inicia algum tipo de encantamento mais elaborado, gritando palavras ininteligíveis, de olhos revirados nas órbitas, levantando uma ventania sob seus pés, com as mãos dançando em frente ao corpo.

"Okay! Isso é um alerta para sair daqui!", pensa William. Ele observa os seus arredores e tenta avaliar como está sua situação.

[Perceber uma enrascada: Sucesso. Qual a melhor forma de sair? 9ouros --> Operação ou Qualidade Desagradável]

William nota, ao lado da trilha onde está, um barranco escondido atrás de arbustos. Jogar-se ali poderia escondê-lo, por um tempo. 

[Outra vez, Agir sob Pressão, para evitar se machucar. -1 pelo feitiço da bruxa, porém +1 por agir de acordo com o Perceber uma Enrascada: Sucesso Parcial. Ele pode conseguir se esconder, mas vai se machucar bastante, rolando barranco abaixo. Marco 1 Ferimento, por falta de referência no livro quanto a isso]


Enquanto isso, afastado dali, o Detetive Fantasma Joe consegue escapar da prisão imposta a ele pela feitiçaria da bruxa [Assumi, simplesmente que, pelo tempo passado, ele já teria dado algum jeito]. Ele observa dentro da cabana onde está, tentando avaliar se algo ali presente poderia ser usado contra a própria dona do lugar.

[Inicialmente, entendo que Perceber uma Enrascada parece ser capaz de fornecer as respostas que eu procuro: FALHA. Dado de Karma cai para 4. Movimento Menor: Um custo. Ou seja, eu posso ter o sucesso da ação, mas algo errado vai acontecer. Adiciono uma Complicação: Aparece um NPC Inesperado. Um novo lacaio? Sim]

Joe enxerga um espelho semi-protegido por um pano, pendurado à parede. Ele entende que espelhos podem ter algum poder sobre bruxas, da mesma forma que elas o usam para algumas de suas feitiçarias. Quando decide pegá-lo, um novo inimigo aparece: [Oráculo de descrição -> 9copas: Sentido/significado Desagradável] ao retirar o pano que estava sobre o espelho, Joe faz cair um frasco de vidro escuro que, quebrando contra o chão, revela um enxame de homúnculos!

[Joe alcançou 5 Pontos de Experiência. Eles são apagados e o fantasma evolui: +1 em Firmeza. Por conveniência...]

Joe se agarra ao espelho e tenta correr para sair dali. Sucesso Parcial, mas gasto pela primeira vez um ponto de Sorte. Saindo acelerado, aos tropeços, Joe deixa várias coisas caírem (ele esqueceu que pode se fazer intangível), e isso acaba atrapalhando o enxame de homúnculos que tenta persegui-lo.

Agora ele busca descobrir para onde a bruxa foi. Ele ouviu um tiro, então não deve ser difícil seguir alguma direção.


Nisso, a Bruxa está procurando por William, que se escondeu sob o mato rasteiro, abaixo de uma ribanceira. [Ele consegue enxergá-la dali, enquanto ela tenta avistá-lo? (Provável) Sim. ]

Ele atira, pois, pra o azar dela, está bem na mira! (Ele agora está em situação de desespero e não pode se dar o luxo de escolher preservar a vida dela) [+1 de dano nela] [Ela conseguiu perceber de onde veio o tiro? Não.] [Como ela reage? Age conforme sua personalidade --> 2paus; Procurar / Mágico, Estranho, Intuitivo]

Ela tenta recitar um encanto para que um olho espectral a guie até William. Isso levará tempo e a deixará distraída, portanto William tem uma oportunidade de ouro para escapar ou fazer qualquer outra coisa. [Joe já conseguiu trazer o espelho até aqui? (Provável) Ainda não. William tem, à sua disposição, alguma munição especial para confrontar seres sobrenaturais? Não]

William sai dali furtivamente e vai procurar o local onde a bruxa deve ter deixado o garoto Richard Smithers prisioneiro. [ Investigar o Mistério --> Sucesso! Pergunto: o que está sendo escondido? Para onde foi?] Ele encontra uma trilha e segue rastros, até alcançar uma gruta. O garoto está amarrado e amordaçado ali. William o liberta e ordena que corra para fora da floresta imediatamente e busque reforços da polícia.

Nisso, Joe finalmente chega a onde a bruxa está. Ele para com o espelho em pé e se concentra em manter sua forma fantasmagórica capaz de segurar o espelho, mas mantendo-se invisível. Então, ele assobia e grita: - Ei, sua bruxa babaca!

Surpreendida, ela tem sua magia ritualística parcialmente interrompida e toma um grande susto ao ver seu reflexo no espelho. Sua face se altera e ela tenta sair voando dali. [Algum outro tipo de efeito ocorre, talvez devido à interrupção da magia que ela estava utilizando? Sim] Contudo, graças ao fato de ter visto o espelho antes de concluir a magia que realizava, a bruxa acaba sofrendo um efeito adverso: (Rei de ouro --> Digno) o olho místico que tentava evocar torna-a visível para uma entidade qualquer de poder elevado... alguém que não ficará contente em saber o que ela tem feito. Ela consegue fugir, mas isso não durará muito tempo...

...

Mais tarde, William Phantom reencontra seu amigo fantasmagórico e relatam os acontecimentos para a polícia. Eles sabem que poucos no departamento são capazes de compreender os fatos, mas, ao menos, o sequestro de Richard Smithers está resolvido. A bruxa pode se tornar um problema de novo, no futuro, mas não por agora. 

Esta caçada terminou!

sábado, 14 de janeiro de 2023

One-shot Solo - Oráculo de Sim/Não - Dungeon Crawling

Esta aventura servirá como exemplo de como é possível jogar Rpg mesmo sem um sistema, apenas usando a aleatoriedade de um ou dois dados comuns, na forma do Oráculo de Sim e Não. Além disso, a aventura atende ao Desafio de One-shots Solo para o ano de 2023, proposto por Felipe Cortes e Titi Diéfersom na comunidade Solo RPG.

Ao jogar um só dado, números altos (4-6) significam SIM; baixos (1-3), NÃO. Pra ter um pouquinho de controle, é possível determinar que algo é provável ou improvável. No primeiro caso, joga-se então dois dados, para ficar com o MAIOR resultado como resposta. No outro caso, fica-se com o MENOR resultado.

Ao longo do texto, vou exibir apenas o resultado das rolagens. Bora começar!

Vejamos como será o personagem:
É um homem? Não
É uma mulher humana? Não
É uma criatura bissexuada e metamórfica, como um/uma dopleganger? Sim.
Luta bem? Sim
Usa armas? Não
Possui algum poder místico ou sobrenatural? Sim

Assumo que se trata de um(a) dopleganger Monge. 

A aventura começa já na dungeon? Sim
É um forte antigo, arruinado e abandonado? Sim
Está escuro? Sim
Minha personagem enxerga normalmente no escuro? Sim.

O lugar está coberto de sujeira, pedaços caídos do teto, teias de aranha e vegetação rasteira. A fraca luz da lua minguante não é capaz de fazer visíveis todas as cores do antigo forte, mas Shirie (a Personagem) enxerga as formas no escuro, mesmo assim.




Há uma escadaria no centro deste ambiente, levando para uma masmorra subterrânea? Sim.
Há alguma criatura ou ser invasor neste ambiente, que possa me oferecer perigo? Sim
É uma criatura viva? Sim
Humanoide? Não
Animal? Não
Criatura bizarra e amorfa? Sim.

Depois de perceber uma escadaria no centro do salão, que provavelmente leva ao subterrâneo, Shirie nota que algo se mexe no meio dos escombros: uma espécie de geleia viva. Ela se põe em posição, numa postura de luta defensiva, própria do estilo do rinoceronte trovejante.

A criatura é lenta? Sim
Jogando uma pedra contra a criatura, eu consigo feri-la? Sim
Ela revida imediatamente? Não. Assumo que usa todo sua "ação" para se posicionar perto de mim.

Usando movimentos ágeis, Shirie levanta uma pedra dos escombros, como se fosse uma bola, usando um dos pés, para então empurrar a pedra no ar, arremessando-a contra a geleia viva. A criatura perde um pedaço de seu corpo, mas segue se movendo, até estar tão perto quanto possível.

Uma sequência de socos e chutes contra a criatura é eficiente para feri-la? Não.
A criatura me ataca com um golpe de pseudópodes? Não.
Ela se joga contra mim? Não.
Ela tem algum poder psíquico? Sim.

Shirie golpeia o estranho inimigo várias vezes, praticamente sem notar nada como o ser sentindo dor. Então, a geleia vibra e um som esquisito parece soar dentro da mente da doppleganger.

O golpe psíquico da geleia me abala? Não.
Usarei um poder que me fortaleça e despejarei sobre a geleia uma chuva de golpes. Isso a fere? (Provável) Sim.
Está derrotada? Não

Shirie responde com uma evocação do poder de seu Chi: fortalece seus músculos e ossos e então despeja uma chuva de socos contra a criatura. Mas, por mais que perca pedaços, a geleia viva continua o embate.

A criatura me ataca com outro golpe psíquico? Sim.
Eu me sinto atordoado? Sim.
Serei derrubado? Não.

Um novo golpe psíquico deixa Shirie atordoada, mas a postura do rinoceronte trovejante foi eficaz em evitar que caísse, vítima desse estranho poder.

Tento um golpe giratório com a perna direita. Consigo ferir e arremessar a criatura para longe? Não.
Sou contra-golpeado? Sim.
Isso me deixa ferido? Sim.

Shirie está usando todos os seus melhores golpes, aprendidos com os grandes mestres do estilo. Mas a geleia viva não se abala e devolve um tapa com um pseudópode. Seu corpo está sendo torturado.

Mais um golpe de punho contra a criatura. Eu consigo feri-la? Sim.
O ferimento é suficiente agora, para dar cabo dela? Não.
Ela usa novamente o golpe psíquico? Sim.
Estou derrotado? (Improvável) SIM

Um golpe desesperado, outro ferimento na criatura, mas ela ainda resiste. Então, num momento derradeiro, vibra outra vez, transmitindo diretamente para o cérebro da doppleganger um som intenso e aterrorizante, que faz Shirie desmaiar

A criatura vai... me devorar? Não
Acordo, muito tempo mais tarde, por minha própria conta? Sim.

Já é dia, quando Shirie percebe o som de pássaros. A luz do sol alcança seu rosto, como uma chamada para a vida. Vida! Viva! Ela está viva! "Maldita vida", ela pensa. Dolorida, de orgulho ferido, ela muda sua forma. Ele, agora. Será seu pronome pelos próximos dias. Mas, mais que mudar um pronome, ele tenta apagar as escoriações, hematomas e manchas de sangue. Bom, da roupa será mais díficil - será preciso lavar.

A criatura geleia ainda está por perto? Não.

Shirie está em dúvida. Talvez a escadaria estando livre agora seja um sinal, uma oportunidade. 

Eu tenho uma moeda num bolso ou algibeira? Sim.

"Devo ir embora ou seguir meu caminho por essa aventura, que já se mostrou tão perigosa?" O doppleganger lança a moeda ao ar, cata com a mão esquerda e coloca sobre o dorso da direita, de modo a manter escondida, fazendo um suspense para si mesmo.

Qual foi a resposta? Ela vai embora? . . .