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quarta-feira, 26 de março de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 4

Sigo adiante minha jogatina Solo "fanfiqueira", usando o sistema de Império Central da Galáxia, em uma aventura emergente, inspirada pelo game Freelancer.

A primeira coisa a fazer seria rolar o lugar onde a cena vai se passar, mas eu quero que continue da nave onde eu estava.

Elementos de Cena
: rolei dois dados com valores 1 e 3, significando Dois elementos positivos. Sorteio, então, 2 e 3, indicando que encontro um objeto importante ou valioso, ou uma recompensa, além de uma pista de um mistério. Meu primeiro pensamento é de que eu saberei algo sobre o que aconteceu a Porto Libre. Mas nem faço ideia do que será o objeto. Vou rolar um tema, usando a mesma tabela geradora de aventuras: [4,1] Tecnologia. Ainda na dúvida, pergunto ao Oráculo: é uma nave? [5] Sim. Ótimo! Vou considerar que receberei uma nave em empréstimo, ou confiança. Já a pista fala de algo que foi feito, está sendo feito ou será feito, ou seja, uma Ação: [4,4] Finalizar. A investigação acerca das circunstâncias da explosão que deu fim a Porto Libre estão se concluindo, é isso! 

Já tenho informações o suficiente para narrar a Cena. Vamos lá! 

Cena 4
A Tenente Junko Zane retorna ao local onde me deixou, a enfermaria de sua nave , e eu me levanto para conversarmos.

- Então? 
- Parece que sua história é real, senhor Trent. O que significa que não precisa mais ser meu hóspede por muito tempo. Apenas chegaremos à base e, dali, você pode partir quando quiser. Mas... Antes, eu tenho uma proposta para você. 
- Uma proposta? - obviamente, isso me intriga.
- Sim. A Patrulha Planetária contrata braços civis em algumas situações e temos uma dessas em andamento. Um transporte de mantimentos para uma estação orbital, junto de um comboio.
- Acontece que eu não tenho uma nave para ajudar! 
- Não se preocupe com isso. Você vai pilotar uma das nossas, coisa pequena e não militar.
- E o que eu ganho? 
- A nave, para seguir trabalhando como freelancer, em empréstimo. E uma informação. Essa, eu posso lhe dar em adiantamento, se quiser. 

Curioso. Eu penso sobre o que ela diz, antes de responder: 
- Parece uma boa. Do que se trata o que tem de informação? 
- Eu soube que as investigações a respeito da estação Porto Libre estão chegando ao seu final. Você será chamado para um interrogatório, brevemente, mas apenas em razão protocolar. Tenho um contato no setor da inteligência, um ex-namorado, na verdade... Enfim. Ele ficou de me passar mais detalhe, tão logo os obtenha. 
- Muito bem, então você teria uma desculpa para manter contato comigo, ou poder ficar de olho em mim, pelo que posso perceber...

Ela se irrita com minha última frase, Oráculo? [4] Sim

- Ora, senhor Trent, eu não sei o que quer insinuar, mas eu estou apenas querendo lhe fazer um favor, em troca de seus serviços de piloto. Se isso não lhe interessa...
- Espere, espere, desculpe, eu não falei por mal. Teste de Lábia, gastando 3 PE [2+3+1], ufa, passo. 
- Certo, vamos esquecer este momento. Falaremos de novo no hangar da base da Patrulha Planetária. Meus homens garantirão que chegue lá sem problemas. 

E ela sai. Os homens que estavam de guarda comigo continuam com suas armas apontadas para mim. 
- Ei! Vocês ouviram tudo, não querem mesmo relaxar?

sexta-feira, 7 de março de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 3

Sigo neste post a aventura Solo de Fantasia Espacial Futurista de Trent, inspirada no jogo eletrônico Freelancer e movida pelo RPG Império Central da Galáxia!

Resumo do que ocorreu até o momento: Trent pegou um contrato temporário para ser piloto de um homem poderoso; sua missão era simplesmente levar o homem até a residência de sua ex-esposa, para pegar qualquer coisa que lhe interessava. Mas, com muito azar, deparou-se com uma batalha de veículos em andamento e teve de lutar para evitar que sua nave fosse roubada. Tudo deu errado! Ele tentou fugir num salto de fé, mas só escapou da morte certa com ajuda do Oráculo. 

Cena 3

Imagino que, durante a queda, ou por alguma razão qualquer, Trent desmaiou em algum momento. A cena atual ocorre no momento em que ele acorda.

Local: [4,4] Movimento. É uma nave, certamente. Estou numa cela, Oráculo? [2] Não. Uma enfermaria, então. 

Minha cabeça dói, mas eu não demoro a perceber que estou bem. Estou cercado de equipamentos médicos, deitado sobre um leito. Pelo menos, não estou acorrentado, ou preso de qualquer modo. Nem morto, pra meu total alívio. 

Elementos da cena: [3,3;5,1] "Uma pista sobre um mistério" + "Um obstáculo, barreira ou impedimento". O mistério pode ser o que estava acontecendo na cena anterior OU algo acerca da grande trama da campanha. O que o Oráculo indica? [2, primeira opção] 

Uma mulher se aproxima, com ar de autoridade. 
- Você deu sorte de termos visto sua queda, piloto. Coincidentemente, também tínhamos equipamento para resgatá-lo em pleno ar.

- O que significa que eu não tenho palavras nem meios suficientes pra agradecer. Aliás, o nome é Trent - eu respondo, tentando ganhar sua simpatia.

- Marco del Munhoz deflagrou uma verdadeira guerra entre as facções criminosas da cidade, bem em frente à própria mansão - ela demonstra indiferença - Certamente, não era um lugar em que eu gostaria de estar voluntariamente, ainda mais depois de a polícia metropolitana iniciar uma intervenção. O que me leva à pergunta: o que você fazia lá? 

- Trabalho. Fui contratado como piloto por um figurão, mas nenhum de nós sabia que teríamos esse entrave no caminho. 

Percebo que dois grandalhões se aproximam, segurando armas discretamente. 
- Certo, senhor Trent - a mulher continua - Vamos averiguar o que você disse e investigar um pouco sobre você. Enquanto isso, seja meu hóspede. Estamos voltando para a base. 
- Você é muito gentil... Posso saber o seu nome? 
[4]
- Claro. Tenente Junko Zane, da Polícia Planetária.


- Junko Zane, certo. Posso lhe chamar de Junko, apenas? Olhe, foram os militares do Império que me deixaram aqui no planeta, como "hóspede" também, até que as investigações sobre Porto Libre concluam qualquer coisa, sabe? Então, talvez você possa perguntar aos seus superiores qualquer coisa sobre mim. Eu não devo significar problemas pra você, com certeza!

Oráculo, ela toma por ofensa a proposta de Trent de lhe chamar pelo primeiro nome? [5, Sim]
- Você deve se dirigir a mim apenas como Tenente, senhor Trent. E, como eu lhe disse, vou averiguar suas informações. Obrigado por cooperar -  e ela sai, aburptamente.

Eu fico na sala da enfermaria com os dois "gorilas" armados. Eles são tão inexpressivos quanto as paredes do lugar, exceto pela aparente vontade de apontar suas armas de raios contra mim e me devolver ao leito em péssimo estado.
- Já que eu sou hóspede, não prisioneiro, vocês poderiam me servir uma bebida, ao menos? Testo Lábia, só pra ver no que dá: [4+1] Falha. Eles continuam parados, comigo na mira, sem demonstrar interesse pela minha simpatia.

Eu me deito no leito outra vez. Já que vou ter que esperar, que seja deitado!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 2

 Cena 2 (Continuação)

Um combate se inicia. Defino o piloto inimigo com o modelo Tático, com Combate +3 e também Veículos +3. Rolagem de iniciativa da Rodada 1. [3 para mim, 5 para o inimigo]

Não consegui ser rápido o bastante, depois de derrubar o indivíduo que queria me abordar. O piloto da nave à minha frente, por outro lado, manobra com agilidade e me pôe na sua mira.

Vou considerar que a nave inimiga é um pouco melhor que a que eu uso, apenas. Durabilidade 10, Autonomia 10, Disparadores de Laser Frontais de Ataque +2, Velocidade e Voar. O piloto está no controle das armas: [1 + 3 + 2] de Ataque vs minha defesa [6, explode para 4 + 2 ,+ 4]. Não sofro dano.

"Manobra evasiva! Eu faço a nave girar sobre o eixo e subir um pouco, antes de atirar"

Minha vez: [3+1+3] vs [5+3]. Sem dano. Considero que acertei numa parte bastante resistente da nave inimiga, que não repercute em ameaça para a estrutura.

Rodada 2. Iniciativa: [4 minha, 1 inimigo]

Sigo atirando, como se fosse apenas a continuação do ataque do turno anterior. [1+1+3] vs [4+3]. Outra vez, sem dano. Agora, o inimigo ataca: [4+3+2] vs [4+4]. Sofro 1 de dano, a nave sofre um abalo, perdendo 1 de Durabilidade.

Rodada 3. Iniciativa: [6 minha, 4 dele]

Ataque do Trent:[4+1+3] vs [5+3]. Outra vez, não causo dano... Tá osso! Ataque inimigo: [1+3+2] vs [1+4]. Outra vez, não consigo manobrar corretamente para uma manobra evasiva e sofro 1 de dano na Durabilidade.

Rodada 4. Iniciativa: [2 minha, 3 dele]

O inimigo segue seu ataque. Dessa vez, vou dispôr de 2 de Energia para minha defesa: [6, que explode para 6+3, primeiro explode para 6+2, outro que explode para 3+2; (3+2+3+2)+3+2; totalizando 15!] vs [3+4+2]... Muita falta de sorte! Perdi 6 da Durabilidade, o que significa que estou com 2 sobrando... 

No meu turno, em vez de atacar, eu saio dos controles da nave correndo e vou saltar pela abertura lateral - que ainda estava aberta - e gastar 3 de Energia para um teste, tentando alcançar um lugar onde possa me agarrar em algum prédio dos arredores, ou quem sabe algum lugar macio onde cair: [1+3] Falha! Vou jogar 1 dado, para saber a quantos "hexágonos" estou do chão: 6!!!! Cada hexágono são 12 metros, o que significa que estou a 90 metros do chão... Calculando 1d6 de dano para cada 3 metros percorridos numa queda, eu poderia sofrer 30d6 de dano!!

"Queria não ter estado em Porto Libre naquele dia..." é meu último pensamento, antes de falhar miseravelmente em me salvar com um salto desesperado.

Só resta uma escapatória. Perguntar ao Oráculo se eu serei salvo no último segundo por algum personagem inesperado e aleatório do cenário:

.

.

.

[4] FUCKING 4!

(CONTINUARÁ... ainda bem! Aliás, depois de 2 cenas, sendo uma delas tão eletrizante, eu bem que mereço considerar que isso foi um fim de sessão e me dar 1 Ponto de Progressão!)



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 1

 Cena 1 - Decolagem

"Melhor do que ficar neste planeta sem nada pra fazer", pensa Trent. Então, ele responde sim ao novo contratante. Não há contrato a assinar, só um aperto de mão um tanto inconveniente.

- Esperarei você no hangar 14, é onde está minha Star Cougar - o homem diz, com a voz afetada típica dos ricaços, enquanto caminha para a saída do pub onde nos encontramos.
- Eu estarei lá em dois minutos...

Eu me dirijo ao atendente no balcão, perguntando se o cara que acabou de sair é conhecido, tipo figura da mídia, ou cidadão renomado - no bom ou no mal sentido. O Oráculo responde se o barman conhece o meu contratante: [6] Sim. Rolo na Tabela 1- Tema para saber que tipo de conhecimento o barman tem dele (essa Tabela, originalmente, serviria apenas ao Gerador de Aventuras, mas nada impede que sirva a outros propósitos num jogo Solo, como inspirar a criatividade): [1,6] Poder!

- É um homem poderoso. Já foi Prefeito, Governador, Deputado... Está tentando se tornar Senador Planetário atualmente.
O atendente não para de organizar copos e garrafas para me responder, então eu não o atrapalho por mais tempo. Fico apenas pensando: "com todo esse poder, ele poderia ter um piloto particular no contra-cheque já há bastante tempo, sem contar a escolta armada, ou alguns seguranças civis, no mínimo... Por que contratar um freelancer? No mínimo, ele quer discrição... Espero que não seja mais que isso!"

Rumo para o hangar 14, andando pelo gigantesco porto aeroespacial da cidade numa das muitas esteiras deslizantes do lugar. Estou ansioso para conhecer a tal Star Cougar. Será uma nave bacana de pilotar? Estilosa? Arrojada? Vou rolar um dado simplesmente para dar uma nota para a nave: [3] Caramba... Deve ser a pior nave do cara... Feia, suja, fora de catálogo...

Vou construir a nave nas regras
Star Cougar - Nave Particular: Durabilidade 10, Autonomia 10, Disparador de Laser Fixo Frontal de Ataque +1, Velocidade e Voar. Não foi feita para alcançar o espaço. Se adquirida, custaria 4 PP.

 O homem me encontra observando a sucata voadora com a boca aberta. Acho que pensa de mim o mesmo que eu penso da sua máquina:

- Você jamais viu algo tão rápido na sua vida, tenho certeza! - ele ri, como se quisesse parecer simpático e me alcança o cartão de desbloqueio dos sistemas. Eu abro as portas com presteza e o ajudo a chegar ao seu assento.

- Não vou lhe oferecer um serviço de bordo nesta viagem, meu senhor - eu lhe digo, fingindo um tom de servidão e animação -, porque é minha primeira vez nesta nave, mas se nossa relação contratual se estender para outros eventos, posso providenciar lanchinhos e bebidas. 

Ele segue a conversa animadamente? [2] Não. 

- Se eu precisar de lanches, eu contrato uma secretária para esse fim. Siga para as coordenadas no cartão, ligue uma música tranquila e fale somente o necessário, com as torres de controle. 

Okay. Ele não é simpático de verdade, eu já imaginava.

Teste de Veículos para iniciar o voo, só pra ver se o caos acontece! [4+4] Sucesso.

Sigo o protocolo de navegação, solicito autorização de decolagem e alço voo. A nave faz um tanto a mais de barulho do que eu gostaria, balança um pouco na partida e eu tenho de fazer um bocado de esforço para colocá-la no prumo, antes que quase impacte contra um prédio próximo do porto, mas, sem falsa modéstia, eu sou bom o bastante para fazer tudo isso sem que o porco engomado perceba.

Eu não rolei o local dessa cena e ainda não havia definido os acontecimentos aleatórios dela, mas acho que agora pode ser um bom momento. [3,3] Dois eventos positivos, que serão : [4,4] "Um novo caminho surge (x2)". Considero que a repetição intensifica a resposta, então tenho mais de um caminho para seguir para o nosso destino, tranquilos, de modo geral.


Cena 2 - Havia uma nave no meio do caminho

Local [5,6;3,5]: Perto e Lotado

Elementos de Cena: [4,5] Dois elementos negativos, os quais são [4,2]: "Uma batalha, perigo ou desavença em andamento" + "Um pedido ou exigência"

O tempo da viagem não é muito longo. Em termos continentais, levando em conta a velocidade que uma aeronave - mesmo uma péssima aeronave - é capaz de alcançar, é "logo ali". Mas, enquanto eu procuro um pátio de pouso no local indicado, sou surpreendido pelo movimento nas ruas e mesmo no espaço aéreo ao redor da mansão que estamos indo "visitar". Parece haver bloqueios de trânsito, pessoas procurando abrigar-se e esconder-se e um verdadeiro tiroteio!





- Hã, senhor! - eu abro o canal de comunicação com o meu chefinho - Parece que não viemos em boa hora!

Pergunto ao Oráculo: Ele me pedirá para pousar, ainda assim? [1] Não

- Tire essa nave daqui, então, seu idiota! O mais rápido possível!

O "idiota" aqui vai fazer o que o patrão está pedindo, mas ele acaba de contrair uma dívida maior do que o pagamento prometido. Nisso, uma nave circulando por ali, coloca-se no meu caminho e eu ouço, no canal aberto de comunicação:

- Pare essa nave onde está! Deixa-a ligada e flutuando e saia imediatamente!

"O cara tá me mandando saltar da nave? Quem ele pensa que é?"

Pergunto ao Oráculo: a nave tem dois paraquedas? [1] Não.

Eu olho para trás e meu chefinho já tomou o único paraquedas presente na nave em suas mãos, abriu o compartimento de passageiros e saltou. Grande dia!

Pergunto ao Oráculo: a nave que me ordenou abandonar o voo está fortemente armada? [1] Não. Eles são de uma facção criminosa, ou da polícia local? [3] Facção!

Eu consigo analisar a minha situação rapidamente. Tá acontecendo uma guerra por aqui e eu fui condecorado como aquisição estratégica pelos bandidos. Ou melhor, a nave que estou pilotando. Bem, ela não me pertence, mas meu chefe acaba de me abandonar, logo, ela é minha agora. E eu não vou entregá-la sem luta. Lá fora, eu vejo que os caras abriram seu compartimento de passageiros e um grandão com um rifle laser está se preparando pra me abordar, como fazem os piratas do espaço... Mas a nave dele (e de quem mais estiver com ele ali) não tem poder de fogo maior que a minha...

Sem pestanejar, eu miro no inimigo vulnerável e ataco. Eles não esperam por isso, com sua arrogância de criminosos, então é só eu não errar o tiro! (Estou considerando que tenho um turno surpresa. O bandido não somará sua Perícia Combate para se Defender) [3+3+1 = 7 vs 5; Dano 2]

Não há uma regra de escala de poder em Império Central da Galáxia, mas vou assumir que ela existe, funcionando da seguinte maneira: armas de nave são mais poderosas que armas pessoais, assim como a Durabilidade de um veículo também significa muito mais que os Pontos de Vida de um indivíduo comum. Uma nave que ataque um indivíduo soma +8 no dano final. Já uma nave atingida por armas pessoais de alta tecnologia recebe +4 de Defesa; armas de baixa tecnologia não fariam nem cócegas.

 Isso significa que causei 10 de dano no carinha que estava se preparando pra pular sobre a minha nave. Mas eu não havia determinado seu Modelo anteriormente. Vou considerar que é um Soldado, então ele tinha 2d6 PVs, inicialmente, para uma média de 7, o que significa que ele morreu.

O inimigo, agora pouco mais que um rato torrado, cai da nave. O piloto reage, posicionando a nave, e nós agora vamos ter um combate aéreo de verdade!

(CONTINUARÁ


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 0

 Provando que quem não está morto sempre volta a aparecer, estou de volta ao Blog! Pois, já que janelas de oportunidade para jogar RPG Solo gravando para o canal Covil do Narrador têm sido raras, jogatinas escritas tornam-se interessantes.

Lançado na finaleira de  2023, Império Central da Galáxia é um RPG que escrevi com muito carinho e paixão, pois se tratava daquele que seria meu primeiro jogo completo e traria um tema que admiro demais, que é a Ópera Espacial. Tendo por base o Documento de Referência do Sistema C4, o ICG é um jogo simples, mas abrangente, onde abordei a síntese de um cenário, modificações e adaptações da regras originais ao contexto da Ópera Espacial, tabelas para gerar aventuras e regras detalhadas para jogar em modo Solo e Coop sem Mestre.

E, dada essa devida introdução, vamos à jogatina!


O Protagonista

Começo pela criação de um personagem. Estou imaginando um homem da casa dos 30 anos, alto, atlético, usando colete de "couro artificial" sobre um uniforme surrado de piloto. Ele esteve trabalhando com compra e venda de produtos diversos nos últimos meses, fazendo viagens de um planeta ao outro em sua nave particular - tudo legalmente, a princípio, embora ele não seja do tipo que se recusaria a driblar fiscais para pagar menos taxas de importação -, até que, em uma parada numa estação espacial chamada Porto Libre, esteve bem perto da morte. A estação foi alvo de algum tipo de ataque ou sabotagem e foi destruída, mas não sem antes disparar uma única cápsula de fuga com nove tripulantes, dentre eles o meu protagonista. Mais tarde, a cápsula de fuga foi encontrada por uma nave patrulha do Império e os resgatados deixados num planeta hiperpopuloso chamado Ameriga, no aguardo de serem chamados para prestar depoimentos acerca do desastre - praticamente à própria sorte, na realidade. E o piloto ficou sem sua nave... A propósito, seu nome é Trent.

Este é o ponto onde minha história vai começar. Na verdade, praticamente uma fanfic, pois esse pano de fundo foi retirado, resumidamente e com pouca alteração, de um jogo de computador muito querido por mim, chamado Freelancer

Tenho a história, vamos à ficha. Em ICG, é muito simples e rápido: 

Pontos de Vida 8, Pontos de Energia 12. Tenho mais talento que resistência física, mas não chego a ser franzino. Perícias: Veículos + 4, Combate +3, Tecnologia +2, Lábia +1. Com alguns dos 5 Pontos de Progressão iniciais, acrescento Conhecimento (Astronomia & Astrofisica) +1 e Coragem +1 (esta, porque imagino que haverá momentos assombrosos nas aventuras, capazes de testar sua sanidade). Equipamentos: uma pistola de energia +1 (1PP), um comunicador de alcance planetário (1PP) e um kit de ferramentas portátil (permite consertar um veículo, sem custo em PE, tendo peças sobressalentes e uma hora disponível por Ponto de Durabilidade recuperado; alternativamente, permite gastar 2PE para cada ponto de Durabilidade recuperado, num conserto improvisado e apressado; 1PP). Estes equipamentos foram criados a partir de extrapolação das regras, com alguma liberdade criativa, da mesma forma que os exemplos de equipamentos presentes no manual.




O Começo

Minha ideia para começo de campanha é que Trent vai tentar conseguir algo para fazer em uma grande cidade - quem sabe, um emprego temporário -, enquanto a inteligência do Império o mantém "hóspede", até que a investigação sobre a destruição de Porto Libre chegue a uma conclusão. Isso o leva a conhecer alguém que o contratará como piloto para uma tarefa. Assumo, então, que a oportunidade aparece e o Gerador de Aventuras me diz o seguinte: Tabela 1 - Tema [5,6] Discórdia; Tabela 2 - Ação [5,4] Resgatar.

Preciso detalhar isso. Pergunto ao Oráculo: A pessoa que me contrata está envolvida em alguma rixa? [1] Não. Aquilo que será resgatado é uma coisa ou pessoa? [2] Coisa. Eis o que consegui imaginar como resultado:

Um homem corpulento e desagradável colocou um anúncio de contratação de piloto nos classificados do porto. Eu o encontro e fico sabendo que ele tem uma disputa judicial com sua ex-esposa e quer de volta alguns objetos que ficaram com ela na separação. Conseguir uma escolta e um oficial de justiça para acompanhá-lo, segundo ele, seria dispendioso demais e exigiria muita burocracia. Ele tem uma nave particular (algo semelhante, nesse caso, a uma van voadora) e só precisa de um piloto que o leve até lá. O pagamento é bom, mas há um risco: o atual companheiro de sua ex-esposa é um cara esquentado e, segundo dizem os boatos, envolvido com atividades do submundo. Talvez ele não queira receber visitas...

(Continuará!)

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Campanha Solo - William Phantom e o Detetive Fantasma (Cena 6)

 A partir do limiar da mata, William Phantom tenta descobrir para onde a bruxa foi, ou talvez onde o garoto Richard Smithers possa estar sendo mantido em cativeiro.

[Dado de Karma inicial da Cena: 6. Complicação da Cena: Um NPC age de repente. É a bruxa? Sim. Ação: algo inesperado ou perspicaz]

Longe dali, a bruxa decide deixar o detetive fantasma, Joe, solitário em sua cela mágica e corre pela mata, com um livro de feitiços numa das mãos.

[Ela está indo em direção ao detetive William Phantom? Sim. ]



Logo, no meio de uma trilha, cercado por árvores sombrias, de aspecto macabro em seus galhos e copas, William dá de cara com a bruxa.

[A bruxa está agindo da seguinte forma: 5paus --> Mover físico]

A mulher caminha displicentemente em sua direção, ignorando o fato de que William está armado e abre o livro de feitiços, com um sorriso cínico no rosto. William aponta sua arma e ordena:

- Largue o livro no chão e se abaixe com as mãos na cabeça! A senhora está presa, em nome do Departamento de Polícia de Megalocity. Não me faça atirar, para deixar um jovem órfão, aqui e agora!

[Reação da bruxa: Busca Vantagem --> Oráculo de Descrição: Simples Aparência --> Movimento de Ritmo: Amostra de um problema que está por vir. Vou interpretar tudo isso como ela apontando para uma página de seu livro e proferindo uma ameaça para William]

- Eu só preciso tocar numa letra desta página - ela diz - e você, senhor William, estará condenado a me servir! O feitiço já está pronto! Agora, largue essa arma, ou eu executarei o movimento final! - ela gargalha, bem ao modo dos grandes vilões.

[Rolando 1d6 pra ver se alguma alteração de cena acontece: Não.]

William para e pensa. Sua única chance verdadeira é atirar. Se largar sua arma, pode estar se condenando. Mas matar essa mulher não parece uma solução bonita. Ele está agindo sob pressão, numa mira rápida para derrubar o livro das mãos da maligna Emma Baker.

Ele atira e BANG! [Total de 13], uma mão ferida e um livro voando para longe. Mas a bruxa não se intimida! Vira o rosto enrugado de raiva para William, com a boca espumando, e começa a proferir uma Maldição de Enfraquecimento. [O Movimento de Ameaça exige um novo rolamento de Agir sob Pressão: FALHA! ] William ouve o encanto e se sente mal, como que nauseado, cambaleante e inseguro. [Dado de Karma cai para 5. Movimento Menor: Amostra de um problema que está por vir]. Depois disso, a bruxa inicia algum tipo de encantamento mais elaborado, gritando palavras ininteligíveis, de olhos revirados nas órbitas, levantando uma ventania sob seus pés, com as mãos dançando em frente ao corpo.

"Okay! Isso é um alerta para sair daqui!", pensa William. Ele observa os seus arredores e tenta avaliar como está sua situação.

[Perceber uma enrascada: Sucesso. Qual a melhor forma de sair? 9ouros --> Operação ou Qualidade Desagradável]

William nota, ao lado da trilha onde está, um barranco escondido atrás de arbustos. Jogar-se ali poderia escondê-lo, por um tempo. 

[Outra vez, Agir sob Pressão, para evitar se machucar. -1 pelo feitiço da bruxa, porém +1 por agir de acordo com o Perceber uma Enrascada: Sucesso Parcial. Ele pode conseguir se esconder, mas vai se machucar bastante, rolando barranco abaixo. Marco 1 Ferimento, por falta de referência no livro quanto a isso]


Enquanto isso, afastado dali, o Detetive Fantasma Joe consegue escapar da prisão imposta a ele pela feitiçaria da bruxa [Assumi, simplesmente que, pelo tempo passado, ele já teria dado algum jeito]. Ele observa dentro da cabana onde está, tentando avaliar se algo ali presente poderia ser usado contra a própria dona do lugar.

[Inicialmente, entendo que Perceber uma Enrascada parece ser capaz de fornecer as respostas que eu procuro: FALHA. Dado de Karma cai para 4. Movimento Menor: Um custo. Ou seja, eu posso ter o sucesso da ação, mas algo errado vai acontecer. Adiciono uma Complicação: Aparece um NPC Inesperado. Um novo lacaio? Sim]

Joe enxerga um espelho semi-protegido por um pano, pendurado à parede. Ele entende que espelhos podem ter algum poder sobre bruxas, da mesma forma que elas o usam para algumas de suas feitiçarias. Quando decide pegá-lo, um novo inimigo aparece: [Oráculo de descrição -> 9copas: Sentido/significado Desagradável] ao retirar o pano que estava sobre o espelho, Joe faz cair um frasco de vidro escuro que, quebrando contra o chão, revela um enxame de homúnculos!

[Joe alcançou 5 Pontos de Experiência. Eles são apagados e o fantasma evolui: +1 em Firmeza. Por conveniência...]

Joe se agarra ao espelho e tenta correr para sair dali. Sucesso Parcial, mas gasto pela primeira vez um ponto de Sorte. Saindo acelerado, aos tropeços, Joe deixa várias coisas caírem (ele esqueceu que pode se fazer intangível), e isso acaba atrapalhando o enxame de homúnculos que tenta persegui-lo.

Agora ele busca descobrir para onde a bruxa foi. Ele ouviu um tiro, então não deve ser difícil seguir alguma direção.


Nisso, a Bruxa está procurando por William, que se escondeu sob o mato rasteiro, abaixo de uma ribanceira. [Ele consegue enxergá-la dali, enquanto ela tenta avistá-lo? (Provável) Sim. ]

Ele atira, pois, pra o azar dela, está bem na mira! (Ele agora está em situação de desespero e não pode se dar o luxo de escolher preservar a vida dela) [+1 de dano nela] [Ela conseguiu perceber de onde veio o tiro? Não.] [Como ela reage? Age conforme sua personalidade --> 2paus; Procurar / Mágico, Estranho, Intuitivo]

Ela tenta recitar um encanto para que um olho espectral a guie até William. Isso levará tempo e a deixará distraída, portanto William tem uma oportunidade de ouro para escapar ou fazer qualquer outra coisa. [Joe já conseguiu trazer o espelho até aqui? (Provável) Ainda não. William tem, à sua disposição, alguma munição especial para confrontar seres sobrenaturais? Não]

William sai dali furtivamente e vai procurar o local onde a bruxa deve ter deixado o garoto Richard Smithers prisioneiro. [ Investigar o Mistério --> Sucesso! Pergunto: o que está sendo escondido? Para onde foi?] Ele encontra uma trilha e segue rastros, até alcançar uma gruta. O garoto está amarrado e amordaçado ali. William o liberta e ordena que corra para fora da floresta imediatamente e busque reforços da polícia.

Nisso, Joe finalmente chega a onde a bruxa está. Ele para com o espelho em pé e se concentra em manter sua forma fantasmagórica capaz de segurar o espelho, mas mantendo-se invisível. Então, ele assobia e grita: - Ei, sua bruxa babaca!

Surpreendida, ela tem sua magia ritualística parcialmente interrompida e toma um grande susto ao ver seu reflexo no espelho. Sua face se altera e ela tenta sair voando dali. [Algum outro tipo de efeito ocorre, talvez devido à interrupção da magia que ela estava utilizando? Sim] Contudo, graças ao fato de ter visto o espelho antes de concluir a magia que realizava, a bruxa acaba sofrendo um efeito adverso: (Rei de ouro --> Digno) o olho místico que tentava evocar torna-a visível para uma entidade qualquer de poder elevado... alguém que não ficará contente em saber o que ela tem feito. Ela consegue fugir, mas isso não durará muito tempo...

...

Mais tarde, William Phantom reencontra seu amigo fantasmagórico e relatam os acontecimentos para a polícia. Eles sabem que poucos no departamento são capazes de compreender os fatos, mas, ao menos, o sequestro de Richard Smithers está resolvido. A bruxa pode se tornar um problema de novo, no futuro, mas não por agora. 

Esta caçada terminou!

sábado, 14 de janeiro de 2023

One-shot Solo - Oráculo de Sim/Não - Dungeon Crawling

Esta aventura servirá como exemplo de como é possível jogar Rpg mesmo sem um sistema, apenas usando a aleatoriedade de um ou dois dados comuns, na forma do Oráculo de Sim e Não. Além disso, a aventura atende ao Desafio de One-shots Solo para o ano de 2023, proposto por Felipe Cortes e Titi Diéfersom na comunidade Solo RPG.

Ao jogar um só dado, números altos (4-6) significam SIM; baixos (1-3), NÃO. Pra ter um pouquinho de controle, é possível determinar que algo é provável ou improvável. No primeiro caso, joga-se então dois dados, para ficar com o MAIOR resultado como resposta. No outro caso, fica-se com o MENOR resultado.

Ao longo do texto, vou exibir apenas o resultado das rolagens. Bora começar!

Vejamos como será o personagem:
É um homem? Não
É uma mulher humana? Não
É uma criatura bissexuada e metamórfica, como um/uma dopleganger? Sim.
Luta bem? Sim
Usa armas? Não
Possui algum poder místico ou sobrenatural? Sim

Assumo que se trata de um(a) dopleganger Monge. 

A aventura começa já na dungeon? Sim
É um forte antigo, arruinado e abandonado? Sim
Está escuro? Sim
Minha personagem enxerga normalmente no escuro? Sim.

O lugar está coberto de sujeira, pedaços caídos do teto, teias de aranha e vegetação rasteira. A fraca luz da lua minguante não é capaz de fazer visíveis todas as cores do antigo forte, mas Shirie (a Personagem) enxerga as formas no escuro, mesmo assim.




Há uma escadaria no centro deste ambiente, levando para uma masmorra subterrânea? Sim.
Há alguma criatura ou ser invasor neste ambiente, que possa me oferecer perigo? Sim
É uma criatura viva? Sim
Humanoide? Não
Animal? Não
Criatura bizarra e amorfa? Sim.

Depois de perceber uma escadaria no centro do salão, que provavelmente leva ao subterrâneo, Shirie nota que algo se mexe no meio dos escombros: uma espécie de geleia viva. Ela se põe em posição, numa postura de luta defensiva, própria do estilo do rinoceronte trovejante.

A criatura é lenta? Sim
Jogando uma pedra contra a criatura, eu consigo feri-la? Sim
Ela revida imediatamente? Não. Assumo que usa todo sua "ação" para se posicionar perto de mim.

Usando movimentos ágeis, Shirie levanta uma pedra dos escombros, como se fosse uma bola, usando um dos pés, para então empurrar a pedra no ar, arremessando-a contra a geleia viva. A criatura perde um pedaço de seu corpo, mas segue se movendo, até estar tão perto quanto possível.

Uma sequência de socos e chutes contra a criatura é eficiente para feri-la? Não.
A criatura me ataca com um golpe de pseudópodes? Não.
Ela se joga contra mim? Não.
Ela tem algum poder psíquico? Sim.

Shirie golpeia o estranho inimigo várias vezes, praticamente sem notar nada como o ser sentindo dor. Então, a geleia vibra e um som esquisito parece soar dentro da mente da doppleganger.

O golpe psíquico da geleia me abala? Não.
Usarei um poder que me fortaleça e despejarei sobre a geleia uma chuva de golpes. Isso a fere? (Provável) Sim.
Está derrotada? Não

Shirie responde com uma evocação do poder de seu Chi: fortalece seus músculos e ossos e então despeja uma chuva de socos contra a criatura. Mas, por mais que perca pedaços, a geleia viva continua o embate.

A criatura me ataca com outro golpe psíquico? Sim.
Eu me sinto atordoado? Sim.
Serei derrubado? Não.

Um novo golpe psíquico deixa Shirie atordoada, mas a postura do rinoceronte trovejante foi eficaz em evitar que caísse, vítima desse estranho poder.

Tento um golpe giratório com a perna direita. Consigo ferir e arremessar a criatura para longe? Não.
Sou contra-golpeado? Sim.
Isso me deixa ferido? Sim.

Shirie está usando todos os seus melhores golpes, aprendidos com os grandes mestres do estilo. Mas a geleia viva não se abala e devolve um tapa com um pseudópode. Seu corpo está sendo torturado.

Mais um golpe de punho contra a criatura. Eu consigo feri-la? Sim.
O ferimento é suficiente agora, para dar cabo dela? Não.
Ela usa novamente o golpe psíquico? Sim.
Estou derrotado? (Improvável) SIM

Um golpe desesperado, outro ferimento na criatura, mas ela ainda resiste. Então, num momento derradeiro, vibra outra vez, transmitindo diretamente para o cérebro da doppleganger um som intenso e aterrorizante, que faz Shirie desmaiar

A criatura vai... me devorar? Não
Acordo, muito tempo mais tarde, por minha própria conta? Sim.

Já é dia, quando Shirie percebe o som de pássaros. A luz do sol alcança seu rosto, como uma chamada para a vida. Vida! Viva! Ela está viva! "Maldita vida", ela pensa. Dolorida, de orgulho ferido, ela muda sua forma. Ele, agora. Será seu pronome pelos próximos dias. Mas, mais que mudar um pronome, ele tenta apagar as escoriações, hematomas e manchas de sangue. Bom, da roupa será mais díficil - será preciso lavar.

A criatura geleia ainda está por perto? Não.

Shirie está em dúvida. Talvez a escadaria estando livre agora seja um sinal, uma oportunidade. 

Eu tenho uma moeda num bolso ou algibeira? Sim.

"Devo ir embora ou seguir meu caminho por essa aventura, que já se mostrou tão perigosa?" O doppleganger lança a moeda ao ar, cata com a mão esquerda e coloca sobre o dorso da direita, de modo a manter escondida, fazendo um suspense para si mesmo.

Qual foi a resposta? Ela vai embora? . . .