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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 0

 Provando que quem não está morto sempre volta a aparecer, estou de volta ao Blog! Pois, já que janelas de oportunidade para jogar RPG Solo gravando para o canal Covil do Narrador têm sido raras, jogatinas escritas tornam-se interessantes.

Lançado na finaleira de  2023, Império Central da Galáxia é um RPG que escrevi com muito carinho e paixão, pois se tratava daquele que seria meu primeiro jogo completo e traria um tema que admiro demais, que é a Ópera Espacial. Tendo por base o Documento de Referência do Sistema C4, o ICG é um jogo simples, mas abrangente, onde abordei a síntese de um cenário, modificações e adaptações da regras originais ao contexto da Ópera Espacial, tabelas para gerar aventuras e regras detalhadas para jogar em modo Solo e Coop sem Mestre.

E, dada essa devida introdução, vamos à jogatina!


O Protagonista

Começo pela criação de um personagem. Estou imaginando um homem da casa dos 30 anos, alto, atlético, usando colete de "couro artificial" sobre um uniforme surrado de piloto. Ele esteve trabalhando com compra e venda de produtos diversos nos últimos meses, fazendo viagens de um planeta ao outro em sua nave particular - tudo legalmente, a princípio, embora ele não seja do tipo que se recusaria a driblar fiscais para pagar menos taxas de importação -, até que, em uma parada numa estação espacial chamada Porto Libre, esteve bem perto da morte. A estação foi alvo de algum tipo de ataque ou sabotagem e foi destruída, mas não sem antes disparar uma única cápsula de fuga com nove tripulantes, dentre eles o meu protagonista. Mais tarde, a cápsula de fuga foi encontrada por uma nave patrulha do Império e os resgatados deixados num planeta hiperpopuloso chamado Ameriga, no aguardo de serem chamados para prestar depoimentos acerca do desastre - praticamente à própria sorte, na realidade. E o piloto ficou sem sua nave... A propósito, seu nome é Trent.

Este é o ponto onde minha história vai começar. Na verdade, praticamente uma fanfic, pois esse pano de fundo foi retirado, resumidamente e com pouca alteração, de um jogo de computador muito querido por mim, chamado Freelancer

Tenho a história, vamos à ficha. Em ICG, é muito simples e rápido: 

Pontos de Vida 8, Pontos de Energia 12. Tenho mais talento que resistência física, mas não chego a ser franzino. Perícias: Veículos + 4, Combate +3, Tecnologia +2, Lábia +1. Com alguns dos 5 Pontos de Progressão iniciais, acrescento Conhecimento (Astronomia & Astrofisica) +1 e Coragem +1 (esta, porque imagino que haverá momentos assombrosos nas aventuras, capazes de testar sua sanidade). Equipamentos: uma pistola de energia +1 (1PP), um comunicador de alcance planetário (1PP) e um kit de ferramentas portátil (permite consertar um veículo, sem custo em PE, tendo peças sobressalentes e uma hora disponível por Ponto de Durabilidade recuperado; alternativamente, permite gastar 2PE para cada ponto de Durabilidade recuperado, num conserto improvisado e apressado; 1PP). Estes equipamentos foram criados a partir de extrapolação das regras, com alguma liberdade criativa, da mesma forma que os exemplos de equipamentos presentes no manual.




O Começo

Minha ideia para começo de campanha é que Trent vai tentar conseguir algo para fazer em uma grande cidade - quem sabe, um emprego temporário -, enquanto a inteligência do Império o mantém "hóspede", até que a investigação sobre a destruição de Porto Libre chegue a uma conclusão. Isso o leva a conhecer alguém que o contratará como piloto para uma tarefa. Assumo, então, que a oportunidade aparece e o Gerador de Aventuras me diz o seguinte: Tabela 1 - Tema [5,6] Discórdia; Tabela 2 - Ação [5,4] Resgatar.

Preciso detalhar isso. Pergunto ao Oráculo: A pessoa que me contrata está envolvida em alguma rixa? [1] Não. Aquilo que será resgatado é uma coisa ou pessoa? [2] Coisa. Eis o que consegui imaginar como resultado:

Um homem corpulento e desagradável colocou um anúncio de contratação de piloto nos classificados do porto. Eu o encontro e fico sabendo que ele tem uma disputa judicial com sua ex-esposa e quer de volta alguns objetos que ficaram com ela na separação. Conseguir uma escolta e um oficial de justiça para acompanhá-lo, segundo ele, seria dispendioso demais e exigiria muita burocracia. Ele tem uma nave particular (algo semelhante, nesse caso, a uma van voadora) e só precisa de um piloto que o leve até lá. O pagamento é bom, mas há um risco: o atual companheiro de sua ex-esposa é um cara esquentado e, segundo dizem os boatos, envolvido com atividades do submundo. Talvez ele não queira receber visitas...

(Continuará!)

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