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terça-feira, 17 de junho de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 6

Trent sofreu um tiro na cena anterior. Certamente que estará plenamente recuperado ao acordar, em alguma enfermaria do QG da Polícia Planetária, e algum tempo terá se passado. Já sabemos também que o homem que tentou matá-lo foi capturado. Mas eu preciso perguntar ao Oráculo: interrogado, ele dá informações sólidas sobre por que tentou matar nosso herói? Rolo 4 - Sim.

Vou usar a Tabela de Tema de Aventuras para inspirar a criação das informações que ele fornece: 6, 5 - Dívida. Isso poderia ser uma excelente justificativa para se envolver num ato criminoso, mas o que mais? Rolo uma segunda vez: 5,4 - Fuga... Isso não me diz muito... Oráculo, tem algo a ver com Porto Libre? 4 - Sim. Seria uma "queima de arquivo", isto é, talvez eu fosse uma testemunha de algo que aconteceu em Porto Libre, ou na nave de fuga, e o que eu sei comprometia alguém? Rolo 5 - Sim.

Certo. Isso me dá todos os elementos para interpretar a cena.

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Trent acorda com o peito dolorido, cercado de máquinas hospitalares. Junko se levanta de uma poltrona à frente do leito, quando percebe que Trent tenta se mover.

- Acalme-se aí, senhor Trent! O senhor chegou bem perto da morte, não se exalte!

- Hã... Espero que, pelo menos, o filho da mãe tenha pagado por isso...

Ela chega ao lado do leito e me ajuda a ficar sentado, enquanto aperta algum controle e chama pela equipe de atendimento:

- Sim, senhor Trent. Ele está preso e foi interrogado.

- Quem era o cara? Por que tentar me matar?

- Porque você parece ser uma testemunha-chave do que aconteceu a Porto Libre!

- Eu? - Trent fica sobressaltado - Ora, bolas! Eu não sei nada sobre o que aconteceu àquele lugar! Tudo começou a ir pelos ares, enquanto eu cobrava um devedor, acerca de um transporte que fiz... quando ainda tinha minha própria nave.

- É... mas, ao que parece, sem querer, você viu algo suspeito acontecer por lá. Não se lembra  de nada?

Nisso, chegam à sala, além de uma enfermeira, dois homens mal-encarados, usando ternos e óculos escuros.

- Tenente Zane. Senhor Trent. Nós somos da força de inteligência, estamos no caso de Porto Libre. Fomos avisados do que ocorreu aqui e decidimos vir conferir como o paciente está pessoalmente. Além disso, poderíamos fazer nosso interrogatório agora, não é mesmo? E dispensá-lo de todos os problemas o quanto antes.

- Eu quero ver suas credenciais, agentes, por favor - fala a Tenente Junko Zane.

Um dos homens mostra uma espécie de tela portátil à Tenente, enquanto o outro se dirige para Trent.

- É inevitável acreditar que o senhor foi testemunha de algo importante naquela estação espacial. Portanto, gostaríamos que nos contasse, no máximo de detalhes possível, como foram as últimas horas de Porto Libre, sob sua ótica. Aliás, um momento, Tenente, a senhorita já pode se retirar...

Este é um momento interessante da cena. Como eu não verifiquei os Elementos de Cena antes de começar a interpretação, vou fazer o seguinte: pergunto ao Oráculo apenas se a Cena é favorável (1-3) ou desfavorável (4-6)... Rolo 1, ufa!

Segue a cena...

Junko aceita sair da enfermaria (junto com a enfermeira que veio conferir os meus sinais) e eu fico conversando com os agentes da inteligência por algum tempo. No fim das contas, não eram gente ruim, estão apenas fazendo seu trabalho.

Para tentar "lembrar" o que Trent possa ter visto em Porto Libre que colocaria sua própria vida em risco, vou rolar Tema e Ação, como se gerasse uma aventura:  Fuga + Ajudar. Trent lembra de ter ajudado um homem estranho a chegar até a nave de Fuga. Ele havia caído com alguns objetos e guardou-os no casaco, antes que eu o fizesse levantar. [Com certeza, foi o homem que contratou um assassino para Trent... O que quer que ele tivesse derrubado, devia ser importante e ele queria proteger o segredo, achando que Trent tinha visto... Encontrou um policial endividado e prometeu uma boa fortuna em troca da vida do nosso protagonista]. 



- ... e foi isso - Trent contou tudo o que lembrava aos agentes.

- Muito bem, senhor Trent. É o que estávamos precisando saber. Faremos agora um desenho da pessoa que você salvou,  usando uma sondagem da sua memória específica, isso não deve demorar.

E eles submetem Trent ao uso de algum equipamento que sonda sua memória através da retina. Depois disso, despedem-se. A Tenente Junko Zane, a seguir, retorna à sala.

- Está tudo bem? - pergunta ela, preocupada.

- Melhor do que eu esperava. Poderia jurar que não seria interrogado de forma tão pacífica por gente tão estranha, mas me saí sortudo, dessa vez.

- Bom. Se você já respondeu à investigação, deve estar livre para seguir sua vida, outra vez, como haviam prometido antes, não é?

- Talvez sim, talvez não. Só o tempo dirá. E daqui, já posso sair? 

- Sim - ela ri, um sorriso gentil e divertido - Podemos agora colocá-lo naquela missão que comentamos antes, como Freelancer, não é mesmo? Ainda quer?

- Sim. Eu não vou me importar de conseguir alguns créditos para comprar uma nave nova...

CONTINUA.

 

 


segunda-feira, 16 de junho de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 5

De volta à campanha fanfiqueira de Trent, vejamos como será nossa cena. Eu sei que deve se passar na base da Polícia Planetária, porque é pra lá que estávamos indo na nave patrulha da Tenente Junko Zane. Mas como é o ambiente? Rolo na Tabela da p.33: Artificial. Paredes e pisos de material sintético, com cabos de gás e energia à vista, é uma boa imagem. E o que terei como Elementos na cena (instruções na p. 33, tabela na p. 34)? Os resultados 6 e 4 indicam 2 elementos Negativos, que eu rolo separadamente: o protagonista é ameaçado ou atacado. Aliás, os dois dados caíram 5, então a ameaça é forte...

Penso, então, num ataque surpresa, de alguém dentro do QG da Polícia, alguém envolvido com alguma conspiração da qual eu só saberei mais adiante!

Consulto o Oráculo (p. 34): o inimigo está disfarçado como policial? 6 - Sim. O inimigo espera escondido, ou me atacará abertamente? 2 - Escondido. Então, eu serei recebido com o disparo de um atirador furtivo, quando descer da nave patrulha, no hangar, dirigindo-me a um corredor apontado pelos guardas que me acompanham, também na companhia da Tenente.

Tenho todos os elementos de que preciso para imaginar e compor a cena. Vamos à narração:

Trent caminha, não como um prisioneiro escoltado, agora, mas como um conhecido em ambiente amistoso, descendo da nave patrulha, conversando com a Tenente Junko Zane:

- Estou louco para conhecer a nave que me darão para pilotar, nessa missão de cargueiro que você me falou...

- Como eu lhe disse - ela responde, enquanto continua a caminhar, com passos elegantes e despreocupados - não é uma nave de batalha, nem muito avançada. Mas não deve ser problema para você descobrir como lidar com ela.

Preciso agora pensar no meu inimigo. Vejamos um modelo (p.36) : acho que será um Tático, pela necessidade de eficácia, o risco que impõe como assassino. Assumo que ele tem a Perícia Crime igual ao seu valor em Combate (+3) e que fará uma Disputa contra a minha Percepção (+0), que representa aqui também o nível de atenção geral do grupo. Rolo 6 contra 4 - ele tem a Vantagem de estar bem escondido de todos e conseguirá disparar livremente, num turno surpresa! (Não terei direito a rolar meu Combate contra o dele).


Turno Surpresa: Assassino escondido rola 5+3 = 8. Direto nos meus PVs! Zerei! Por sorte, a morte não é imediata... Tenho 12 Turnos para ser socorrido. Acredito que é mais que suficiente para eu ser salvo, nem perguntarei ao Oráculo algo tão cruel...

Pergunto ao Oráculo, entretanto: o pretenso assassino consegue escapar de uma perseguição? 3 - Não!

Ótimo! Quando eu acordar novamente, terei algum elemento de conspiração contra mim para descobrir...