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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Êita, joguinho do capeta! (Parte 3)

Uma partida divertida, um jogo desastrado

Apenas a teimosia pode explicar como alguém que sabe onde está se metendo - e sabe que é em "caca" - segue adiante em seu empreendimento. Com tudo que já falei sobre Inferno - Batalhas do Abismo, eu ainda queria pôr minhas constatações à prova (sendo que, até então, eu não havia desenvolvido qualquer sorte de Regras da Casa, as quais eu só vim a desenvolver nesta última semana, para atender a um pedido feito meio sem muita vontade do Dimitri e da Fabi). E foi o que eu fiz.

Desta vez, para fazer algo diferente do que tenho feito, serei tão sintético quanto possível na história toda.

Combinei com o Dimitri e a Fabi de jogarmos num sábado à tarde. Um tanto ansioso para ver no que ia dar tudo, cheguei alguns minutos mais cedo, e rapidamente começamos a fazer os preparativos, que envolveram não apenas arrumar a mesa para jogar, organizar as peças e disponibilizar fichas, mas também fazer uma pipoca para acompanhar. Afinal, nenhum jogo de grupo é bom sem um lanchinho. :)

Comecei explicando o básico (e deixando algumas regras complicadas, propositalmente, de lado, enquanto outras eu esqueci de explicar, como o uso de Ações Defensivas e os poderes dos Sargentos de Hordas) e mostrando alguns exemplos de ataques e movimentações, usando as miniaturas e o tabuleiro. Tudo quase compreendido, a preparação real para a partida começou, como tem de ser, pela compra dos exércitos. Optamos por usar 1600 Pontos de Almas e eu já sugeri ao pessoal que usássemos pontos que sobrassem para beneficar alguma unidade na primeira rodada com mais Pontos de Ação, conforme a Regra da Casa que expliquei na matéria passada (como muitas idéias, esta surgiu em frente da necessidade).

Não demorou para que começássemos a rir a valer de tudo o que podíamos, principalmente chacotando do jogo (o que eu fazia com tanto vigor quanto o Dimitri, mesmo sendo o frustrado dono do jogo, apesar de ele ser melhor piadista). Rolávamos dados demais, érravamos quase todos os ataques, as unidades tomavam todo aquele dano nas Vitalidades quando atacavam e quase nada quando atacadas... tudo como eu já falei. Ninguém chegou a fazer nada complicado como tentar um ataque atrás de uma Elevação, voar, caminhar sobre lava ou consumir Hordas com os Arquidemônios, mas demorávamos tanto tempo para escolher que Ações Ofensivas usar, e ficamos tanto tempo rolando dados (e rolando de rir dos resultados) que, ao final de 01:45h de partida (contados!), ainda não tínhamos saído da PRIMEIRA rodada ; mais ainda,  sequer tínhamos chegado ao Segmento Final da rodada e apenas dois personagens (um meu, outro da Fabi) tinham tomado algum dano na Essência.

Foi aí que fiz o seguinte vídeo:



No fim de tudo, concluímos que o jogo mereceria ser revisado, porque, afinal de contas, não deixou de ser divertido, mas que do modo como "saiu da fábrica", jamais poderia ser jogado duas vezes; na verdade, jamais seria possível concluir uma partida do jogo em apenas uma tarde!

Assim, resolvemos que, se a paciência, a sorte, os astros e o apocalipse permitissem, voltaríamos a tentar uma partida, mas apenas se Regras da Casa fossem "acopladas" ao básico.

5 comentários:

Brederodes disse...

Iai blza?

Muito obrigado pela resenha. Evitou que eu comprasse o jogo.
Já que vc n quer usar o cartão para comprar jogos, exite o jogo Samurai de Reiner Knizia (http://www.boardgamegeek.com/boardgame/3/samurai) ele é vendido no brasil pela Ceilikan (http://www.ceilikan.com.br/). Jogo muito bom, vale cada centavo!
Oura coisa amigo, coloca sua resenha no www.boardgamegeek.com que vai ajudar muitas outras pessoas.

Vlw!!

Giovane do Monte disse...

Na verdade, mesmo que fique bem feliz com o seu comentário, chateia-me saber que você desistiu de comprar o jogo por minha causa! Porque, de fato, minha intenção não era evitar que outras pessoas comprassem o jogo.
Em vez disso, eu pretendia alertar que:
a) é um jogo difícil de aprender;
b) é um jogo complexo pra jogar;
c) dificilmente você conseguirá jogar sem consultar o manual uma ou duas vezes por partida;
d) é um jogo com muitas falhas em seu sistema; MAS
e) é um jogo que carrega um potencial muito grande para ser divertido, se o grupo de jogo é experiente e paciente, e fizer uso de regras da casa eficientes para simplificar e/ou esclarecer o máximo possível as regras que são falhas.
Ainda não consegui tempo para jogar uma única partida, desde que inventei as Regras da Casa que publiquei aqui no Blog. Todavia, acredito que seja possível uma partida interessante com uso delas. Quero dizer, não se pode dizer que 'Inferno' seja um jogo espetacular, diversão fenomenal garantida, mas pode ser um passatempo interessante para quem curte esse sub-gênero de estratégia de guerra.
Quanto a colocar minha resenha no Board Game Geek, isso exigiria que eu fizesse um resumo e uma tradução competente para o inglês de toda essa coleção de tópicos, algo que exige um tempo e dedicação maior do que eu posso dispor por enquanto. Mesmo assim, agradeço a sugestão!

faby disse...

Eu disse desde o início do jogo que eu queria era me aliar, já que tentar conquistar estava difícil heheehh
Vamos jogar mais uma vez, mas com modificações nas regras né.

Brederodes disse...

Vc pode colocar em portugues mesmo no BGG, tipo portuguese review. Varios jogos possuem esse tipo de review em varias linguas.

Não fique chateado não. Vou comprar o Tigris e Eufrates importado mesmo. =)

Cássio F. Lemos disse...

É mesmo cara, coloca lá no BGG e na Ilha do Tabuleiro. No BGG é tranquilo, é só colocar uma tag tipo "[PORTUGUESE] Resenha do Inferno".

Passei o link aqui da tua resenha pro cara aí, pelo jeito ele desistiu de comprar depois de ler hehe.