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quarta-feira, 26 de março de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 4

Sigo adiante minha jogatina Solo "fanfiqueira", usando o sistema de Império Central da Galáxia, em uma aventura emergente, inspirada pelo game Freelancer.

A primeira coisa a fazer seria rolar o lugar onde a cena vai se passar, mas eu quero que continue da nave onde eu estava.

Elementos de Cena
: rolei dois dados com valores 1 e 3, significando Dois elementos positivos. Sorteio, então, 2 e 3, indicando que encontro um objeto importante ou valioso, ou uma recompensa, além de uma pista de um mistério. Meu primeiro pensamento é de que eu saberei algo sobre o que aconteceu a Porto Libre. Mas nem faço ideia do que será o objeto. Vou rolar um tema, usando a mesma tabela geradora de aventuras: [4,1] Tecnologia. Ainda na dúvida, pergunto ao Oráculo: é uma nave? [5] Sim. Ótimo! Vou considerar que receberei uma nave em empréstimo, ou confiança. Já a pista fala de algo que foi feito, está sendo feito ou será feito, ou seja, uma Ação: [4,4] Finalizar. A investigação acerca das circunstâncias da explosão que deu fim a Porto Libre estão se concluindo, é isso! 

Já tenho informações o suficiente para narrar a Cena. Vamos lá! 

Cena 4
A Tenente Junko Zane retorna ao local onde me deixou, a enfermaria de sua nave , e eu me levanto para conversarmos.

- Então? 
- Parece que sua história é real, senhor Trent. O que significa que não precisa mais ser meu hóspede por muito tempo. Apenas chegaremos à base e, dali, você pode partir quando quiser. Mas... Antes, eu tenho uma proposta para você. 
- Uma proposta? - obviamente, isso me intriga.
- Sim. A Patrulha Planetária contrata braços civis em algumas situações e temos uma dessas em andamento. Um transporte de mantimentos para uma estação orbital, junto de um comboio.
- Acontece que eu não tenho uma nave para ajudar! 
- Não se preocupe com isso. Você vai pilotar uma das nossas, coisa pequena e não militar.
- E o que eu ganho? 
- A nave, para seguir trabalhando como freelancer, em empréstimo. E uma informação. Essa, eu posso lhe dar em adiantamento, se quiser. 

Curioso. Eu penso sobre o que ela diz, antes de responder: 
- Parece uma boa. Do que se trata o que tem de informação? 
- Eu soube que as investigações a respeito da estação Porto Libre estão chegando ao seu final. Você será chamado para um interrogatório, brevemente, mas apenas em razão protocolar. Tenho um contato no setor da inteligência, um ex-namorado, na verdade... Enfim. Ele ficou de me passar mais detalhe, tão logo os obtenha. 
- Muito bem, então você teria uma desculpa para manter contato comigo, ou poder ficar de olho em mim, pelo que posso perceber...

Ela se irrita com minha última frase, Oráculo? [4] Sim

- Ora, senhor Trent, eu não sei o que quer insinuar, mas eu estou apenas querendo lhe fazer um favor, em troca de seus serviços de piloto. Se isso não lhe interessa...
- Espere, espere, desculpe, eu não falei por mal. Teste de Lábia, gastando 3 PE [2+3+1], ufa, passo. 
- Certo, vamos esquecer este momento. Falaremos de novo no hangar da base da Patrulha Planetária. Meus homens garantirão que chegue lá sem problemas. 

E ela sai. Os homens que estavam de guarda comigo continuam com suas armas apontadas para mim. 
- Ei! Vocês ouviram tudo, não querem mesmo relaxar?

sexta-feira, 7 de março de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 3

Sigo neste post a aventura Solo de Fantasia Espacial Futurista de Trent, inspirada no jogo eletrônico Freelancer e movida pelo RPG Império Central da Galáxia!

Resumo do que ocorreu até o momento: Trent pegou um contrato temporário para ser piloto de um homem poderoso; sua missão era simplesmente levar o homem até a residência de sua ex-esposa, para pegar qualquer coisa que lhe interessava. Mas, com muito azar, deparou-se com uma batalha de veículos em andamento e teve de lutar para evitar que sua nave fosse roubada. Tudo deu errado! Ele tentou fugir num salto de fé, mas só escapou da morte certa com ajuda do Oráculo. 

Cena 3

Imagino que, durante a queda, ou por alguma razão qualquer, Trent desmaiou em algum momento. A cena atual ocorre no momento em que ele acorda.

Local: [4,4] Movimento. É uma nave, certamente. Estou numa cela, Oráculo? [2] Não. Uma enfermaria, então. 

Minha cabeça dói, mas eu não demoro a perceber que estou bem. Estou cercado de equipamentos médicos, deitado sobre um leito. Pelo menos, não estou acorrentado, ou preso de qualquer modo. Nem morto, pra meu total alívio. 

Elementos da cena: [3,3;5,1] "Uma pista sobre um mistério" + "Um obstáculo, barreira ou impedimento". O mistério pode ser o que estava acontecendo na cena anterior OU algo acerca da grande trama da campanha. O que o Oráculo indica? [2, primeira opção] 

Uma mulher se aproxima, com ar de autoridade. 
- Você deu sorte de termos visto sua queda, piloto. Coincidentemente, também tínhamos equipamento para resgatá-lo em pleno ar.

- O que significa que eu não tenho palavras nem meios suficientes pra agradecer. Aliás, o nome é Trent - eu respondo, tentando ganhar sua simpatia.

- Marco del Munhoz deflagrou uma verdadeira guerra entre as facções criminosas da cidade, bem em frente à própria mansão - ela demonstra indiferença - Certamente, não era um lugar em que eu gostaria de estar voluntariamente, ainda mais depois de a polícia metropolitana iniciar uma intervenção. O que me leva à pergunta: o que você fazia lá? 

- Trabalho. Fui contratado como piloto por um figurão, mas nenhum de nós sabia que teríamos esse entrave no caminho. 

Percebo que dois grandalhões se aproximam, segurando armas discretamente. 
- Certo, senhor Trent - a mulher continua - Vamos averiguar o que você disse e investigar um pouco sobre você. Enquanto isso, seja meu hóspede. Estamos voltando para a base. 
- Você é muito gentil... Posso saber o seu nome? 
[4]
- Claro. Tenente Junko Zane, da Polícia Planetária.


- Junko Zane, certo. Posso lhe chamar de Junko, apenas? Olhe, foram os militares do Império que me deixaram aqui no planeta, como "hóspede" também, até que as investigações sobre Porto Libre concluam qualquer coisa, sabe? Então, talvez você possa perguntar aos seus superiores qualquer coisa sobre mim. Eu não devo significar problemas pra você, com certeza!

Oráculo, ela toma por ofensa a proposta de Trent de lhe chamar pelo primeiro nome? [5, Sim]
- Você deve se dirigir a mim apenas como Tenente, senhor Trent. E, como eu lhe disse, vou averiguar suas informações. Obrigado por cooperar -  e ela sai, aburptamente.

Eu fico na sala da enfermaria com os dois "gorilas" armados. Eles são tão inexpressivos quanto as paredes do lugar, exceto pela aparente vontade de apontar suas armas de raios contra mim e me devolver ao leito em péssimo estado.
- Já que eu sou hóspede, não prisioneiro, vocês poderiam me servir uma bebida, ao menos? Testo Lábia, só pra ver no que dá: [4+1] Falha. Eles continuam parados, comigo na mira, sem demonstrar interesse pela minha simpatia.

Eu me deito no leito outra vez. Já que vou ter que esperar, que seja deitado!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 2

 Cena 2 (Continuação)

Um combate se inicia. Defino o piloto inimigo com o modelo Tático, com Combate +3 e também Veículos +3. Rolagem de iniciativa da Rodada 1. [3 para mim, 5 para o inimigo]

Não consegui ser rápido o bastante, depois de derrubar o indivíduo que queria me abordar. O piloto da nave à minha frente, por outro lado, manobra com agilidade e me pôe na sua mira.

Vou considerar que a nave inimiga é um pouco melhor que a que eu uso, apenas. Durabilidade 10, Autonomia 10, Disparadores de Laser Frontais de Ataque +2, Velocidade e Voar. O piloto está no controle das armas: [1 + 3 + 2] de Ataque vs minha defesa [6, explode para 4 + 2 ,+ 4]. Não sofro dano.

"Manobra evasiva! Eu faço a nave girar sobre o eixo e subir um pouco, antes de atirar"

Minha vez: [3+1+3] vs [5+3]. Sem dano. Considero que acertei numa parte bastante resistente da nave inimiga, que não repercute em ameaça para a estrutura.

Rodada 2. Iniciativa: [4 minha, 1 inimigo]

Sigo atirando, como se fosse apenas a continuação do ataque do turno anterior. [1+1+3] vs [4+3]. Outra vez, sem dano. Agora, o inimigo ataca: [4+3+2] vs [4+4]. Sofro 1 de dano, a nave sofre um abalo, perdendo 1 de Durabilidade.

Rodada 3. Iniciativa: [6 minha, 4 dele]

Ataque do Trent:[4+1+3] vs [5+3]. Outra vez, não causo dano... Tá osso! Ataque inimigo: [1+3+2] vs [1+4]. Outra vez, não consigo manobrar corretamente para uma manobra evasiva e sofro 1 de dano na Durabilidade.

Rodada 4. Iniciativa: [2 minha, 3 dele]

O inimigo segue seu ataque. Dessa vez, vou dispôr de 2 de Energia para minha defesa: [6, que explode para 6+3, primeiro explode para 6+2, outro que explode para 3+2; (3+2+3+2)+3+2; totalizando 15!] vs [3+4+2]... Muita falta de sorte! Perdi 6 da Durabilidade, o que significa que estou com 2 sobrando... 

No meu turno, em vez de atacar, eu saio dos controles da nave correndo e vou saltar pela abertura lateral - que ainda estava aberta - e gastar 3 de Energia para um teste, tentando alcançar um lugar onde possa me agarrar em algum prédio dos arredores, ou quem sabe algum lugar macio onde cair: [1+3] Falha! Vou jogar 1 dado, para saber a quantos "hexágonos" estou do chão: 6!!!! Cada hexágono são 12 metros, o que significa que estou a 90 metros do chão... Calculando 1d6 de dano para cada 3 metros percorridos numa queda, eu poderia sofrer 30d6 de dano!!

"Queria não ter estado em Porto Libre naquele dia..." é meu último pensamento, antes de falhar miseravelmente em me salvar com um salto desesperado.

Só resta uma escapatória. Perguntar ao Oráculo se eu serei salvo no último segundo por algum personagem inesperado e aleatório do cenário:

.

.

.

[4] FUCKING 4!

(CONTINUARÁ... ainda bem! Aliás, depois de 2 cenas, sendo uma delas tão eletrizante, eu bem que mereço considerar que isso foi um fim de sessão e me dar 1 Ponto de Progressão!)



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 1

 Cena 1 - Decolagem

"Melhor do que ficar neste planeta sem nada pra fazer", pensa Trent. Então, ele responde sim ao novo contratante. Não há contrato a assinar, só um aperto de mão um tanto inconveniente.

- Esperarei você no hangar 14, é onde está minha Star Cougar - o homem diz, com a voz afetada típica dos ricaços, enquanto caminha para a saída do pub onde nos encontramos.
- Eu estarei lá em dois minutos...

Eu me dirijo ao atendente no balcão, perguntando se o cara que acabou de sair é conhecido, tipo figura da mídia, ou cidadão renomado - no bom ou no mal sentido. O Oráculo responde se o barman conhece o meu contratante: [6] Sim. Rolo na Tabela 1- Tema para saber que tipo de conhecimento o barman tem dele (essa Tabela, originalmente, serviria apenas ao Gerador de Aventuras, mas nada impede que sirva a outros propósitos num jogo Solo, como inspirar a criatividade): [1,6] Poder!

- É um homem poderoso. Já foi Prefeito, Governador, Deputado... Está tentando se tornar Senador Planetário atualmente.
O atendente não para de organizar copos e garrafas para me responder, então eu não o atrapalho por mais tempo. Fico apenas pensando: "com todo esse poder, ele poderia ter um piloto particular no contra-cheque já há bastante tempo, sem contar a escolta armada, ou alguns seguranças civis, no mínimo... Por que contratar um freelancer? No mínimo, ele quer discrição... Espero que não seja mais que isso!"

Rumo para o hangar 14, andando pelo gigantesco porto aeroespacial da cidade numa das muitas esteiras deslizantes do lugar. Estou ansioso para conhecer a tal Star Cougar. Será uma nave bacana de pilotar? Estilosa? Arrojada? Vou rolar um dado simplesmente para dar uma nota para a nave: [3] Caramba... Deve ser a pior nave do cara... Feia, suja, fora de catálogo...

Vou construir a nave nas regras
Star Cougar - Nave Particular: Durabilidade 10, Autonomia 10, Disparador de Laser Fixo Frontal de Ataque +1, Velocidade e Voar. Não foi feita para alcançar o espaço. Se adquirida, custaria 4 PP.

 O homem me encontra observando a sucata voadora com a boca aberta. Acho que pensa de mim o mesmo que eu penso da sua máquina:

- Você jamais viu algo tão rápido na sua vida, tenho certeza! - ele ri, como se quisesse parecer simpático e me alcança o cartão de desbloqueio dos sistemas. Eu abro as portas com presteza e o ajudo a chegar ao seu assento.

- Não vou lhe oferecer um serviço de bordo nesta viagem, meu senhor - eu lhe digo, fingindo um tom de servidão e animação -, porque é minha primeira vez nesta nave, mas se nossa relação contratual se estender para outros eventos, posso providenciar lanchinhos e bebidas. 

Ele segue a conversa animadamente? [2] Não. 

- Se eu precisar de lanches, eu contrato uma secretária para esse fim. Siga para as coordenadas no cartão, ligue uma música tranquila e fale somente o necessário, com as torres de controle. 

Okay. Ele não é simpático de verdade, eu já imaginava.

Teste de Veículos para iniciar o voo, só pra ver se o caos acontece! [4+4] Sucesso.

Sigo o protocolo de navegação, solicito autorização de decolagem e alço voo. A nave faz um tanto a mais de barulho do que eu gostaria, balança um pouco na partida e eu tenho de fazer um bocado de esforço para colocá-la no prumo, antes que quase impacte contra um prédio próximo do porto, mas, sem falsa modéstia, eu sou bom o bastante para fazer tudo isso sem que o porco engomado perceba.

Eu não rolei o local dessa cena e ainda não havia definido os acontecimentos aleatórios dela, mas acho que agora pode ser um bom momento. [3,3] Dois eventos positivos, que serão : [4,4] "Um novo caminho surge (x2)". Considero que a repetição intensifica a resposta, então tenho mais de um caminho para seguir para o nosso destino, tranquilos, de modo geral.


Cena 2 - Havia uma nave no meio do caminho

Local [5,6;3,5]: Perto e Lotado

Elementos de Cena: [4,5] Dois elementos negativos, os quais são [4,2]: "Uma batalha, perigo ou desavença em andamento" + "Um pedido ou exigência"

O tempo da viagem não é muito longo. Em termos continentais, levando em conta a velocidade que uma aeronave - mesmo uma péssima aeronave - é capaz de alcançar, é "logo ali". Mas, enquanto eu procuro um pátio de pouso no local indicado, sou surpreendido pelo movimento nas ruas e mesmo no espaço aéreo ao redor da mansão que estamos indo "visitar". Parece haver bloqueios de trânsito, pessoas procurando abrigar-se e esconder-se e um verdadeiro tiroteio!





- Hã, senhor! - eu abro o canal de comunicação com o meu chefinho - Parece que não viemos em boa hora!

Pergunto ao Oráculo: Ele me pedirá para pousar, ainda assim? [1] Não

- Tire essa nave daqui, então, seu idiota! O mais rápido possível!

O "idiota" aqui vai fazer o que o patrão está pedindo, mas ele acaba de contrair uma dívida maior do que o pagamento prometido. Nisso, uma nave circulando por ali, coloca-se no meu caminho e eu ouço, no canal aberto de comunicação:

- Pare essa nave onde está! Deixa-a ligada e flutuando e saia imediatamente!

"O cara tá me mandando saltar da nave? Quem ele pensa que é?"

Pergunto ao Oráculo: a nave tem dois paraquedas? [1] Não.

Eu olho para trás e meu chefinho já tomou o único paraquedas presente na nave em suas mãos, abriu o compartimento de passageiros e saltou. Grande dia!

Pergunto ao Oráculo: a nave que me ordenou abandonar o voo está fortemente armada? [1] Não. Eles são de uma facção criminosa, ou da polícia local? [3] Facção!

Eu consigo analisar a minha situação rapidamente. Tá acontecendo uma guerra por aqui e eu fui condecorado como aquisição estratégica pelos bandidos. Ou melhor, a nave que estou pilotando. Bem, ela não me pertence, mas meu chefe acaba de me abandonar, logo, ela é minha agora. E eu não vou entregá-la sem luta. Lá fora, eu vejo que os caras abriram seu compartimento de passageiros e um grandão com um rifle laser está se preparando pra me abordar, como fazem os piratas do espaço... Mas a nave dele (e de quem mais estiver com ele ali) não tem poder de fogo maior que a minha...

Sem pestanejar, eu miro no inimigo vulnerável e ataco. Eles não esperam por isso, com sua arrogância de criminosos, então é só eu não errar o tiro! (Estou considerando que tenho um turno surpresa. O bandido não somará sua Perícia Combate para se Defender) [3+3+1 = 7 vs 5; Dano 2]

Não há uma regra de escala de poder em Império Central da Galáxia, mas vou assumir que ela existe, funcionando da seguinte maneira: armas de nave são mais poderosas que armas pessoais, assim como a Durabilidade de um veículo também significa muito mais que os Pontos de Vida de um indivíduo comum. Uma nave que ataque um indivíduo soma +8 no dano final. Já uma nave atingida por armas pessoais de alta tecnologia recebe +4 de Defesa; armas de baixa tecnologia não fariam nem cócegas.

 Isso significa que causei 10 de dano no carinha que estava se preparando pra pular sobre a minha nave. Mas eu não havia determinado seu Modelo anteriormente. Vou considerar que é um Soldado, então ele tinha 2d6 PVs, inicialmente, para uma média de 7, o que significa que ele morreu.

O inimigo, agora pouco mais que um rato torrado, cai da nave. O piloto reage, posicionando a nave, e nós agora vamos ter um combate aéreo de verdade!

(CONTINUARÁ


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Jogatina Solo - Império Central da Galáxia - Parte 0

 Provando que quem não está morto sempre volta a aparecer, estou de volta ao Blog! Pois, já que janelas de oportunidade para jogar RPG Solo gravando para o canal Covil do Narrador têm sido raras, jogatinas escritas tornam-se interessantes.

Lançado na finaleira de  2023, Império Central da Galáxia é um RPG que escrevi com muito carinho e paixão, pois se tratava daquele que seria meu primeiro jogo completo e traria um tema que admiro demais, que é a Ópera Espacial. Tendo por base o Documento de Referência do Sistema C4, o ICG é um jogo simples, mas abrangente, onde abordei a síntese de um cenário, modificações e adaptações da regras originais ao contexto da Ópera Espacial, tabelas para gerar aventuras e regras detalhadas para jogar em modo Solo e Coop sem Mestre.

E, dada essa devida introdução, vamos à jogatina!


O Protagonista

Começo pela criação de um personagem. Estou imaginando um homem da casa dos 30 anos, alto, atlético, usando colete de "couro artificial" sobre um uniforme surrado de piloto. Ele esteve trabalhando com compra e venda de produtos diversos nos últimos meses, fazendo viagens de um planeta ao outro em sua nave particular - tudo legalmente, a princípio, embora ele não seja do tipo que se recusaria a driblar fiscais para pagar menos taxas de importação -, até que, em uma parada numa estação espacial chamada Porto Libre, esteve bem perto da morte. A estação foi alvo de algum tipo de ataque ou sabotagem e foi destruída, mas não sem antes disparar uma única cápsula de fuga com nove tripulantes, dentre eles o meu protagonista. Mais tarde, a cápsula de fuga foi encontrada por uma nave patrulha do Império e os resgatados deixados num planeta hiperpopuloso chamado Ameriga, no aguardo de serem chamados para prestar depoimentos acerca do desastre - praticamente à própria sorte, na realidade. E o piloto ficou sem sua nave... A propósito, seu nome é Trent.

Este é o ponto onde minha história vai começar. Na verdade, praticamente uma fanfic, pois esse pano de fundo foi retirado, resumidamente e com pouca alteração, de um jogo de computador muito querido por mim, chamado Freelancer

Tenho a história, vamos à ficha. Em ICG, é muito simples e rápido: 

Pontos de Vida 8, Pontos de Energia 12. Tenho mais talento que resistência física, mas não chego a ser franzino. Perícias: Veículos + 4, Combate +3, Tecnologia +2, Lábia +1. Com alguns dos 5 Pontos de Progressão iniciais, acrescento Conhecimento (Astronomia & Astrofisica) +1 e Coragem +1 (esta, porque imagino que haverá momentos assombrosos nas aventuras, capazes de testar sua sanidade). Equipamentos: uma pistola de energia +1 (1PP), um comunicador de alcance planetário (1PP) e um kit de ferramentas portátil (permite consertar um veículo, sem custo em PE, tendo peças sobressalentes e uma hora disponível por Ponto de Durabilidade recuperado; alternativamente, permite gastar 2PE para cada ponto de Durabilidade recuperado, num conserto improvisado e apressado; 1PP). Estes equipamentos foram criados a partir de extrapolação das regras, com alguma liberdade criativa, da mesma forma que os exemplos de equipamentos presentes no manual.




O Começo

Minha ideia para começo de campanha é que Trent vai tentar conseguir algo para fazer em uma grande cidade - quem sabe, um emprego temporário -, enquanto a inteligência do Império o mantém "hóspede", até que a investigação sobre a destruição de Porto Libre chegue a uma conclusão. Isso o leva a conhecer alguém que o contratará como piloto para uma tarefa. Assumo, então, que a oportunidade aparece e o Gerador de Aventuras me diz o seguinte: Tabela 1 - Tema [5,6] Discórdia; Tabela 2 - Ação [5,4] Resgatar.

Preciso detalhar isso. Pergunto ao Oráculo: A pessoa que me contrata está envolvida em alguma rixa? [1] Não. Aquilo que será resgatado é uma coisa ou pessoa? [2] Coisa. Eis o que consegui imaginar como resultado:

Um homem corpulento e desagradável colocou um anúncio de contratação de piloto nos classificados do porto. Eu o encontro e fico sabendo que ele tem uma disputa judicial com sua ex-esposa e quer de volta alguns objetos que ficaram com ela na separação. Conseguir uma escolta e um oficial de justiça para acompanhá-lo, segundo ele, seria dispendioso demais e exigiria muita burocracia. Ele tem uma nave particular (algo semelhante, nesse caso, a uma van voadora) e só precisa de um piloto que o leve até lá. O pagamento é bom, mas há um risco: o atual companheiro de sua ex-esposa é um cara esquentado e, segundo dizem os boatos, envolvido com atividades do submundo. Talvez ele não queira receber visitas...

(Continuará!)